A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela aprovação das vacinas contra a Covid-19 no Brasil, está repleta de aliados do presidente Jair Bolsonaro. Autoridades, governadores e parlamentares temem o uso político do órgão em relação à vacinação como estratégia do mandatário para 2022.
A última indicação de Bolsonaro ao órgão, por exemplo, foi do tenente-coronel reformado do Exército Jorge Luiz Kormann, nomeado para assumir um dos cinco cargos de diretoria da Anvisa. O militar, no entanto, não tem experiência na área.
Com a confirmação da indicação de Kormann, aliados de Bolsonaro ocuparão três das cinco diretorias da Anvisa, o que lhes dará maioria em todas as decisões da agência.
Segundo reportagem de Gabriel Stargardter e Anthony Boadle, na Reuters, parlamentares, governadores e autoridades do setor temem que o presidente acelere a vacina a aliados e retarde aos rivais, como é o caso do governador de São Paulo João Doria (PSDB).
Outras pessoas temem ainda que a resistência de Bolsonaro às vacinas contra o coronavírus se infiltre na Anvisa, de forma a alimentar o movimento antivacina no país.
Fonte: Reuters