Fundação Palmares e unidade na 402 Sul têm protestos no dia da Consciência Negra

Manifestantes criticaram fundação e pedem justiça pela morte de João Alberto, homem negro morto em supermercado Carrefour de Porto Alegre

Programado para a frente da Fundação Palmares, em Brasília, em referência ao Dia de Consciência Negra, um protesto na manhã de sexta-feira (20/11) virou também repúdio ao homicídio de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, morto em uma unidade da rede de supermercados Carrefour, em Porto Alegre (RS), na noite de quinta (19/11). O protesto foi organizado por militantes do PT DF e ativistas do Movimento Negro.

Logo depois de sair da fundação, o grupo seguiu em direção a uma unidade do Carrefour, na Asa Sul, para protestar contra atos racistas praticados pela empresa e pedir justiça pela agressão que levou João Alberto à morte.

A falta de homenagens do governo federal ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20/11), gerou desconforto entre ativistas e especialistas que consideram o desprezo uma forma de negar o racismo no país e um ataque direto a movimentos do setor.

A secretária aposentada Zuzu Gomes, de 61 anos, destacou que o ato ocorre todos os anos. “Não só pela ‘Consciência Negra’, mas em virtude de termos como representante na instituição Fundação Palmares uma pessoa de pele preta, mas que, acredito eu, não ter nenhuma aceitação da sua cor”, afirmou, em referência ao presidente da fundação, Sérgio Camargo.

Ela também lamenta que a morte de João Alberto seja uma triste realidade, recorrente no Brasil. “Quanto ao homicídio do João Alberto, infelizmente ele foi mais um dentro dos inúmeros nomes de homens, crianças e mulheres pretas assassinados brutalmente apenas por ter a pele preta”, concluiu.

https://youtu.be/qZMhRUJmnZo

Fonte: Metrópoles

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