Para pressionar a votação da Medida Provisária 1000 e manter o auxílio emergencial em R$ 600, uma vez que o governo Bolsonaro reduziu o benefício para R$ 300, o Partido dos Trabalhadores e a oposição conseguiram, mais uma vez, fazer valer a obstrução política na sessão plenária da Câmara Federal dessa terça-feira (20/10). Como apenas 184 deputados registraram presença no painel eletrônico, a ordem do dia teve que ser encerrada e a votação prevista para hoje adiada para a próxima terça-feira (27).
Os parlamentares da esquerda querem ter o direito de votar a MP, com as emendas que foram apresentadas para assegurar os R$ 600, pelo menos até dezembro deste ano.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou a necessidade de discutir e aprovar a #MP1000 para que o parlamento possa reverter a crueldade promovida pelo governo Bolsonaro.
“Essa medida provisória reduziu pela metade o auxílio emergencial. Nós estamos com uma inflação crescente e que atinge sobremaneira os alimentos. Portanto, ela afeta mais a população de baixa renda. Nós temos por volta de 14 milhões de desempregados, um número imenso de subempregados, desalentados, pessoas na informalidade, e o Governo tem a ousadia de cortar pela metade o auxílio emergencial. Nós precisamos mantê-lo, no mínimo, em R$ 600 reais e discutir uma renda básica que possa dar dignidade ao povo brasileiro. O Presidente da República não está preocupado com a dignidade do povo brasileiro”, afirmou a parlamentar.
Orçamento
A estratégia dos partidos de Oposição – PT, PDT, PSB, PCdoB, PSOL e Rede – foi reforçada pelos partidos Avante, PL, PP e PSDB, que estão em obstrução por causa de disputas na instalação da Comissão Mista de Orçamento e da sucessão da Presidência da Câmara, que ocorrerá em fevereiro do ano que vem.
Confira a fala da parlamentar: