Privatizar a CEB é colocar o interesse público subordinado à ganância do capital privado. A CEB tem contas a receber, inclusive do governo, que superam o montante 1,5 bilhão, valor muito superior à sua dívida e, também, ao preço mínimo de 1,4 bilhão anunciado. Ainda tem imóveis para alienação e participações acionárias que, somados, ultrapassam 1,1 bilhão de reais. Não há justificativa econõmico-financeira, só mentiras e pretextos para desfazer de patrimônio público. O agravante é que Ibaneis almeja conduzir esse completo despropósito sem debate sério e sem passar pelo legislativo, desrespeitando o art. 19 da Lei Orgânica do DF, que é inequívoca ao exigir lei específica para privatização de empresa pública. Mas a ausência de discussão é comprensível: o GDF não tem como negar o risco desse processo para a segurança do sistema elétrico da capital do país.