O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, foi o anfitrião da cerimônia online que marcou as doações do governo e de empresas chinesas ao Brasil para o combate à COVID-19. O evento teve a presença de diversas autoridades, entre os quais representantes dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, da Vice-Presidência da República brasileira e de deputados federais, além de outros membros da diplomacia chinesa no Brasil e de empresários.
Segundo o embaixador, em apenas uma das doações foram trazidos ao Brasil mais de 2 toneladas de equipamentos, o que incluiu de trajes de proteção hospitalar a máscaras e termômetros. Agora, o governo embarca um novo lote avaliado em R$ 1,5 milhão destinado às comunidades indígenas da Amazônia, destacou Yang. Ele também contou que mais de 20 províncias e 30 empresas do país asiático doaram o equivalente a R$ 40 milhões em suprimentos a 30 estados ou municípios brasileiros desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Yang ainda destacou os intercâmbios científicos, em que 10 videoconferências reuniram mais de 200 profissionais brasileiros da área de saúde em diversos estados do país sul-americano. Além disso, segundo o embaixador, houve apoio para a compra de equipamentos hospitalares da China, e há entre Brasil e China uma cooperação na área biofarmacêutica para o desenvolvimento de uma possível vacina para a COVID-19.
“A luta contra o novo coronavírus nos mostra que a humanidade é uma comunidade com um futuro compartilhado. Como reiterou o presidente Xi Jinping em várias ocasiões, a solidariedade e a cooperação são as armas mais poderosas da comunidade internacional para derrotar a pandemia”, disse o embaixador. Ele recordou que a China já doou US$ 50 milhões para a Organização Mundial da Saúde (OMS), além de ter oferecido assistência emergencial a mais de 150 países e organizações.
O assessor internacional da Vice-Presidência brasileira, Juliano Nascimento, agradeceu em nome do vice-presidente, Hamilton Mourão, pela amizade e cooperação estratégica entre Brasil e China. O diretor da Agência Brasileira de Cooperação, Ruy Pereira, responsável por parte da logística para garantir as doações chinesas, também realçou a amizade entre os dois países, expressando as saudações do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ao governo chinês. Já a Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, por meio do conselheiro, Flávio Werneck, manifestou o agradecimento do atual titular do ministério, o general Eduardo Pazuello, e informou que o Brasil estuda a adesão a uma iniciativa internacional para a aquisição de uma possível vacina contra a COVID-19.
O presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, o deputado Fausto Pinato, foi outro entre as autoridades a destacar a amizade entre as duas nações. Ele rechaçou as iniciativas que visam difamar a China ou a importância da relação sino-brasileira e afirmou que o Parlamento brasileiro está à disposição para amplificar o debate sobre a China, respeitando a cultura e as tradições de ambos os povos, o chinês e o brasileiro.
Para o presidente da Frente Parlamentar Mista do Comércio Internacional e do Investimento, o deputado Evair Vieira de Melo, também vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, a China tem muito a cooperar com o Brasil, não apenas em relação à COVID-19 e ao combate à pandemia, mas também em temas como tecnologia. Ele ainda ressaltou a importância que o atual governo dá ao país ao citar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento brasileiro criou um Núcleo China, que tem como líder Larissa Waccholz, para tratar do tema diretamente com a China.
“É o reconhecimento do governo brasileiro do tamanho e da importância da China para este setor”, completou o deputado.