Do site: erikakokay.com.br
Créditos: Fernando Bizerra/Agência Senado
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Indignada com as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, contra o Banco do Brasil, durante a reunião ministerial do dia 22 de abril, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) apresentou um conjunto de ações que visam repudiar e punir a atitude antiética e imoral do ministro.
Durante a reunião, Guedes fez defesa enfática da privatização do Banco do Brasil, com uso de palavreado impróprio, a exemplo de “Então tem que vender essa p…. logo”.
A deputada defende a aprovação de uma Moção de repúdio do Plenário da Câmara contra o ministro. Para tanto protocolou o requerimento (Req 1267/2020).
“São lamentáveis e dignas do mais absoluto repúdio as palavras do ministro. Elas tanto atentam contra a moral e a ética públicas, como demonstram o grande desapreço pelo bem público, pelo patrimônio do povo brasileiro, como é o caso do Banco do Brasil. Revela, lamentavelmente, a visão de um gestor que deveria estar a serviço do desenvolvimento e fortalecimento do banco”, diz a parlamentar.
A deputada apresentou, também, um requerimento (Req 1268/2020) de convocação do ministro da Economia, para que ele vá a Câmara prestar esclarecimentos sobre tais declarações. A parlamentar justifica que o ministro “protagonizou aviltante ataque ao Banco do Brasil, às instituições públicas e aos servidores/as”.
Para Kokay, é inconcebível que Guedes – originário do sistema financeiro privado, que disputa mercado com o BB – pregue abertamente o desmonte da instituição a qualquer custo.
A deputada questiona, ainda, que a União, acionista majoritário do BB, deprecie o valor da instituição para satisfazer os interesses dos seus concorrentes.
“Deprimente episódio deve ser objeto de apuração e sanção, em nome da ética e do decoro inerentes à alta posição do cargo”, diz a parlamentar, em requerimento de convocação do ministro.
Representações contra Guedes
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Kleytton Morais, ingressaram, ainda, com representações contra o ministro na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Comissão de Valores Mobiliários (CMV).
Erika e o Sindicato pedem que seja instaurado procedimento para apurar conduta atentatória contra a Constituição Federal e as normas de ética da Administração Pública Federal, impondo ao ministro as sanções legais cabíveis.