Com objetivo de garantir que os empregos e a saúde dos trabalhadores sejam resguardados durante a pandemia do coronavírus, a CUT DF se reuniu com o secretário da Casa Civil do DF, Valdetário Andrade, nesta segunda-feira (13), e cobrou a implementação de políticas públicas voltadas ao tema.
O presidente da Central, Rodrigo Rodrigues, a secretária de Comunicação, Ana Paula Cusinato, e o secretário de Finanças, Washington Domingues, representaram a entidade.
“Nossa principal preocupação é com a empregabilidade. Muitos trabalhadores e trabalhadoras estão com o emprego ameaçado. Empresas estão utilizando o momento de isolamento social como justificativa para demissões e trouxemos ao GDF a preocupação de que sejam feitas políticas públicas para garantia do emprego das pessoas”, disse Rodrigues
Uma das propostas da Central é abertura de uma linha de crédito sustentável pelo Banco de Brasília (BRB) para as empresas com a contrapartida de que não haja demissões. A CUT sugeriu também que, durante o período da pandemia, a fábrica social do DF foque sua atividade na produção de equipamentos de proteção para os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.
“Setores que são considerados fundamentais e continuam funcionando precisam ter mais garantia de saúde, equipamento de proteção individual para que tenham a tranquilidade de não levarem a doença para dentro das suas casas”, afirmou.
No encontro, a CUT discutiu ainda pautas específicas de cada categoria. Em relação aos moradores de rua, a Central cobrou a implementação de políticas públicas. Dentre elas, a intensificação da limpeza das áreas do Setor Comercial Sul, local com grande concentração de moradores de rua.
Quanto aos trabalhadores rodoviários, a CUT evidenciou sua preocupação com as constantes ameaças de demissões por parte das empresas. Para isso, a Central cobrou que o GDF tenha bastante atenção para essa categoria
A preocupação da CUT estendeu-se também aos trabalhadores terceirizados, que sofreram um duro golpe no que diz respeito aos seus direitos trabalhistas na semana passada. Mais uma vez, a Central se posicionou contrária à tentativa de as empresas que prestam serviço ao GDF usarem o dinheiro guardado e que seria usado para o pagamento de encargos trabalhistas, como FGTS. 13º e férias.
Outra questão discutida do encontro foi a violência contra a mulher. A CUT cobrou a intensificação da divulgação dos canais oficiais para denúncia da violência contra a mulher e a elaboração de uma campanha específica sobre o tema durante o confinamento.
Além da cobrança de políticas que assegurem o emprego e a saúde dos trabalhadores, Rodrigues reafirmou a disposição da estrutura da CUT para eventuais necessidades do GDF no combate ao coronavírus e demonstrou preocupação com a volta das atividades normais na capital federal. Bancos privados e públicos, casas lotéricas, lojas de conveniências, lojas de móveis e eletroeletrônicos foram liberados para funcionar. A capital já soma 638 casos confirmados e 15 vítimas fatais.
“Nós da CUT concordamos com a política de isolamento social. Acreditamos que essa é a forma mais correta para evitarmos uma contaminação generalizada e uma crise no nosso sistema de saúde. Quem puder, fique em casa. Quem não puder e precisar sair para trabalhar, é importante ter a garantia de condições de saúde e continuaremos lutando por isso”, finalizou Rodrigues.