Por Chico Vigilante – Deputado Distrital – PT DF
Em mais uma demonstração de incapacidade política e administrativa, o capitão capiroto editou Medida Provisória, a MP 926, que tem como principal objetivo sustentar uma disputa inútil com os governadores sobre as competências de restringir e proibir circulação entre os estados.
Está claro que os governadores vêm tomando decisões no sentido de limitar o contágio das populações pelo COVID19. No sentido contrário, a postura daquele que deveria liderar as ações de governadores e prefeitos e dar sentido estratégico ao enfrentamento da crise, é de minimizar o grave risco, e de fazer ironias e piadas, além de provocações aos governadores.
Diante dessa situação, deveria convidar os governadores e as lideranças municipalistas para estabelecer estratégias comuns e evitar o colapso do sistema de saúde, previsto pelo seu próprio ministro Mandeta.
Além disso, ao incluir a segurança privada no decreto Nº 10.282 que regulamenta a MP, estabelecendo os serviços essenciais, avança contra uma das categorias mais expostas e que está presente nos mais variados segmentos das atividades públicas e privadas e que deveria ter sua representação sindical chamada a dialogar, para garantir a segurança dos clientes, usuários, servidores e dos próprios vigilantes. Não aceitamos esse absurdo.
O que chama mais atenção é que a MP e o decreto são parte de uma briga mesquinha estimulada pelo presidente, que não se preocupa com o povo, mas com seu ego doentio.
Os governadores, das mais variadas tendências ideológicas, estão tomando providências, na sua maior parte, com o único objetivo de evitar maiores consequências para o povo. E o governo federal age como se houvesse uma disputa política.
Nosso inimigo é o vírus. Se Bolsonaro não quer ajudar, que não atrapalhe.