18 DE MARÇO: Classe trabalhadora responde nas ruas ataques do governo Bolsonaro

O povo que conquistou lutando o direito ao voto, à liberdade de expressão, à livre organização sindical; que garantiu a prestação de serviços públicos pelo Estado; que já viveu em um Brasil com menos de 5% de desempregados e fora do Mapa da Fome, vai às ruas no dia 18 de março contra os inúmeros retrocessos que o governo federal vem tentando emplacar. O ato, convocado nacionalmente pela CUT e demais centrais sindicais, será em Brasília, com concentração às 9h30, no Teatro Nacional.

Definido como Ato Unificado em Defesa dos Serviços Públicos, por Empregos, Direitos e Democracia, a ação vem sendo construída desde o ano passado, e já tem a confirmação de uma séria de categorias de trabalhadores.

“Nunca duvidamos do fetiche de Bolsonaro pela ditadura, pela opressão, pelo fim de direitos que dão dignidade ao povo. A nossa luta em defesa da classe trabalhadora nunca teve pausa, e vem sim sendo intensificada no último período, diante das atrocidades de um governo que não se envergonha de ser racista, misógino, elitista; de dar as costas para o povo brasileiro. Não adianta tentar nos amedrontar. Vamos para rua no dia 18 mostrar isso. Um povo que conquistou democracia e direitos jamais ficará refém de fascistas”, afirma o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

Ele lembra que a jornada de lutas de março começa no dia 8, com o Dia Internacional das Mulheres, que desde a inserção no proletariado constroem com solidez a revolução socialista em prol de direitos e da defesa da democracia.

Educação

Uma das categorias inseridas no ato unificado de 18 de março é a de educadores, que soma 4,5 milhões de trabalhadores e trabalhadoras por todo Brasil. Professores, orientadores educacionais e auxiliares de administração escolar realizarão greve nacional no dia 18 de março.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Filho, embora a categoria tenha como pauta específica a aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), os educadores e as educadoras irão às ruas para engrossar o coro em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos e democracia. “A sociedade, de forma geral, não deve aceitar de forma alguma mais um golpe”, alerta o dirigente sindical.

Além da participação no Ato Nacional em Brasília, no dia 18 de março, os educadores também realizarão ações nos estados e municípios. “Já temos atividades confirmadas em 18 estados. Acreditamos que até o fim da próxima semana fecharemos as 27 unidades federativas”, diz o presidente da CNTE.

Serviço público

Servidores públicos das três esferas (municipal, estadual e federal) e empregados de empresas públicas também realizarão greve no dia 18 de março. Somente da base da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representa servidores federais do Executivo e funcionários de empresas estatais, são quase 1,2 milhões de trabalhadores na ativa.

Para o secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, a intensificação da ofensiva contra o serviço e os servidores públicos no último período vem refletindo na mobilização da categoria. “Estamos percebendo que os servidores estão animados para o dia 18”, diz e continua: “Temos que fazer uma atividade unificada que seja a altura do desaforo que o governo tem feito com o funcionalismo e com o povo. Não é possível sermos abatidos e ficarmos calados. A hora é agora: dia 18!”, afirma.

Assim como os educadores, servidores públicos participarão do ato unificado em Brasília, mas também realizarão ações em todos os estados.

Ramo financeiro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) também está mobilizando sua base para participação no 18 de março. “Vivemos um momento de intensos ataques aos trabalhadores, às instituições de representação democráticas e à Justiça. Vamos às ruas para nos defender e também para defender o Estado Democrático de Direito”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, em nota publicada no site da entidade sindical.

Comércio e serviço

A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) também orienta sua base – cerca de 3 milhões de trabalhadores – a participar do dia 18 de março.

“A precarização das relações de trabalho, o desemprego crescente, a reforma trabalhista e todos os ataques desse governo fascista colocam muito medo no trabalhador do ramo se comércio e serviço. Mas não há outro caminho senão o da luta. Ou vamos à luta ou ficaremos cada vez mais nas mãos de um governo que quer o pior pra gente. Vamos fazer o enfrentamento à pauta empresarial, neoliberal e antidemocrática de Bolsonaro”, convoca o presidente da Contracs, Julimar Roberto.

Mais participações

No Distrito Federal, trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, Jornalistas, terceirizados e de outras categorias também confirmaram participação no ato unificado de 18 de março.

O calendário de lutas da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, que congregam centenas de movimentos da sociedade civil de diversos setores, também aprovou participação no ato unificado do dia 18 de março. “Nosso foco é de que só podemos ter luta num contexto de democracia. Fora disso é opressão, totalitarismo e negação o direito à liberdade e à vida das pessoas”, afirma a secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da FBP, Janeslei Albuquerque, em matéria publicada no site da CUT Nacional.

Fonte: CUT-DF

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