Neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, atos contra Bolsonaro e as graves consequências do seu desgoverno serão realizados em todo Brasil. No DF, o protesto contra o governo federal vem junto com o repúdio ao governo distrital de Ibaneis Rocha, que segue a cartilha misógina e machista de Bolsonaro. Na pauta do dia de luta, estão a defesa da democracia e pela vida de todas as mulheres, contra o racismo, o machismo e o fascismo. A concentração para o ato será às 7h, no Pavilhão do Parque da Cidade, de onde as mulheres seguirão em marcha até o Palácio do Buriti. O encerramento será na Torre de TV (veja programação completa abaixo).
“O dia 8 de março sempre foi um dia de luta. Agora, em 2020, ele ganha um caráter ainda mais importante no Brasil e no DF. Nacionalmente, estamos diante de um presidente que nos ataca verbalmente e nos prejudica através de políticas sujas, elitistas e antidemocráticas. Regionalmente, temos um governador que corrobora com a cultura do estupro e fecha os olhos para a crescente do feminicídio no DF. Não podemos deixar que homenagens escondam a opressão histórica que vivemos e que vem sendo aprofundada no nosso país. Dia 8 estaremos nas ruas com unidade, mobilização e luta”, afirma a secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Magalhães.
Assim como na maioria dos estados, a construção do 8 de março no DF foi feita de forma conjunta, com a participação de organizações feministas dos mais variados seguimentos. “Essa pluralidade é essencial para que possamos observar as diferentes realidades das mulheres em um país marcado também pelo racismo, pela LGBTfobia, pelo capacitismo. E nós, mulheres trabalhadoras cutistas, temos como tarefa levar nossas pautas, nosso grito e a nossa resistência”, pontua Thaísa Magalhães.
Em manifesto, as mulheres do DF ainda apontam outras bandeiras que comporão o 8 de março de 2020 no DF, como a defesa dos serviços públicos; a preservação do meio ambiente, o direito à terra e ao território das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais; a legalização do aborto; a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder; a liberdade de expressão e a democratização da comunicação; a implementação de políticas públicas direcionadas à cultura; e a exigência de justiça para Marielle.
O documento ainda lembra que o 8 de março é o início de uma jornada de lutas deste mês, e que as mulheres estarão novamente nas ruas nos dias 14 de março, quando completam-se dois anos do assassinato de Marielle e Anderson Gomes, e no dia 18 de março, no Ato Unificado em Defesa dos Serviços Públicos, por Empregos, Direitos e Democracia.
Programação 8 de março
Pela vida de todas as mulheres, contra o racismo, o machismo e o fascismo. Fora Bolsonaro!
7h – Concentração no Pavilhão do Parque da Cidade
9h – Marcha rumo ao Buriti
11h – Cultura e Política, na Torre de TV
Fonte: CUT-DF