Em assembleia realizada na terça-feira (3), os trabalhadores dos Correios do DF e entorno aprovaram estado de greve e agendaram um novo encontro para terça (17), em frente ao edifício sede da empresa. Nesta data, a categoria ratificará a participação no Dia Nacional de Lutas, Mobilizações e Paralisações em defesa dos serviços públicos e das empresas estatais, chamado pela CUT e demais centrais para 18 de março.
“Dia 18, os trabalhadores dos Correios estarão nas ruas contra a política de ataques aos direitos da classe trabalhadora, contra os ataques aos nossos direitos previdenciários e sociais. Dia 18, é greve”, disse a presidente do Sintect-DF − entidade que representa a categoria no DF e entorno, Amanda Corcino.
A princípio, a greve da categoria seria deflagrada a partir das 22h da terça (3). Entretanto, após reunião, a direção da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) adiou a mobilização para 18 de março. A ideia é unificar a ação com as demais categorias que fortalecerão o Dia Nacional de Lutas.
A greve dos trabalhadores tem como uma das motivações a decisão do Supremo Tribunal Federal que altera cláusulas do Acordo Coletivo dos trabalhadores dos Correios, impactando em um reajuste de quase 100% no plano de saúde da categoria.
Depois de um vai e vem entre o Superior Tribunal do Trabalho (TST) e o STF, a categoria, que chegou a pagar 10% do valor da mensalidade do plano e 10% de coparticipação nos procedimentos de saúde, passou a pagar 50% em cada uma das contribuições. Os valores já atingiram o contracheque de janeiro.
Também está inserido no movimento paredista o repúdio à tentativa de privatização dos Correios, orquestrada pelo ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.
Fonte: CUT DF