O ano letivo começou ontem (10), e com um retrato antigo e já conhecido por toda população e estudantes da rede pública. Salas de aula com superlotação falta de infraestrutura e inúmeros problemas em nossas escolas. Tudo isso devido à falta de investimento do governo que não se preocupa em construir novas escolas na cidade. Em nossa série de reportagem RAIO-X DA EDUCAÇÃO, o Sinpro vem mostrando a realidade das 683 unidades escolares.
A Secretaria de Educação informou que às escolas públicas do DF estão de portas abertas para iniciar mais um ano letivo, porém não é isso que professores(as), estudantes e comunidade escolar encontraram na volta às aulas.
A Escola Classe 614 em Samambaia Norte está na mira de diferentes problemas. Das vinte duas turmas da escola, sete turmas enfrentam problemas relacionados à superlotação de turmas e também a composição delas, deixando de seguir às recomendações do documento de Estratégia de Matrícula 2020, onde a secretaria fugiu à configuração para aumentar o número de estudantes com deficiência ou transtornos. Isto causa prejuízo para os estudantes e coloca o professor(a) para atuar, pedagogicamente, de forma inadequada, uma vez que o estudante(a), será lesado em seu processo de aprendizagem.
Um dos problemas enfrentados pela cidade de Samambaia é a falta de escolas. Essa falta na comunidade tem gerado a superlotação nas escolas já existentes, retrato do crescimento verticalmente e acelerado, onde os equipamentos públicos não dão conta de atender o número crescente de residentes na cidade, fazendo com que seus filhos estudem em escolas precárias. A preclaridade acontece na medida em que o professor(a), precisa fazer um atendimento de alunos com a superlotação das turmas e também quando o governo começa a misturar atendimentos que não deveriam ser misturados. O descaso com estudantes com TDAH, TEA, DI beira à irresponsabilidade nestas classes superlotadas.
Carlos Maciel, diretor do Sinpro-DF, afirma que todo esse problema é oriundo da falta de planejamento e políticas públicas por parte do GDF, uma vez que o número de pessoas nas cidades estão cada vez maior. “A única maneira de desafogar nossas escolas é a construção de novas unidades, pois é crescente o número de habitantes nas regiões administrativas e com isso, cresce o número de matrículas causando superlotação nas turmas’’, conta.
O governo segue com o discurso de escolas prontas e reformadas, mas o que se encontra é apenas um cenário de reparos e maquiagem para todos os lados. A diretoria colegiada do Sinpro segue atenta e de olho aos mais diversos mecanismos do GDF para esconder às escolas públicas do DF.
Confira o vídeo abaixo:
Fonte: Sinpro Df