Trabalhadores dos Correios indicam greve para dia 12

O reajuste abusivo no plano de saúde e a ameaça de privatização dos Correios motivaram os trabalhadores da estatal a aprovarem indicativo de greve para o dia 12 de fevereiro. A decisão foi tomada em assembleia na última semana.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Fentect, o reajuste do plano de saúde imposto aos trabalhadores chega a atingir o índice de 100%. Isso porque depois de um vai e vem entre o Superior Tribunal do Trabalho (TST) e o Supremo Tribunal Federal (STF), a categoria, que chegou a pagar 10% do valor da mensalidade do plano e 10% de coparticipação nos procedimentos de saúde, passou a pagar 50% em cada uma das contribuições. Os valores já atingiram o contracheque de janeiro.

Um trabalhador dos Correios que preferiu não se identificar, disse que antes da imposição do reajuste no plano, pagava cerca de R$ 850 de mensalidade e coparticipação. Agora, com o reajuste, chega a pagar R$ 900 praticamente só de mensalidade. “Está muito difícil ficar no plano”, lamentou.

Segundo a Fentect, o arrocho no plano de saúde é proposital e intencional. Isso porque a adesão ao plano pelos trabalhadores é um dos entraves para que a estatal seja vendida.

“Se o presidente Floriano Peixoto (general presidente dos Correios) incorporou a Política Bolsonarista para acabar com os direitos dos trabalhadores e consequentemente privatizar os Correios, nós assumiremos a defesa da empresa, dos direitos dos trabalhadores e do desaparelhamento militar nos Correios. Vamos seguir na resistência, ampliando nossa mobilização!”, denuncia a Fentect em nota publicada no site da entidade sindical.

Segundo o dirigente da Fentect Emerson Marinho, até o dia 12 de fevereiro, a ação junto à categoria será de organização e mobilização. Ele lembrou ainda que também no dia 12 os trabalhadores dos Correios participarão de um ato em defesa das empresas públicas, na Câmara dos Deputados, às 9h. “Nossa intenção é nos unir com outras categorias em greve para fazermos um grande Ato Nacional de Luta”, disse.

Fonte: CUT-DF | Imagem capa: Fentect

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