Manifestação na Avenida Paulista, neste domingo (13), reforçou a luta por Lula Livre e intensificou a defesa dos direitos dos trabalhadores e da soberania nacional
A Avenida Paulista mais uma vez se tornou a Avenida da Democracia neste domingo, 13 de outubro de 2019. Milhares de trabalhadores lotaram a via para mostrar resistência ao desmonte promovido por um governo subserviente aos EUA, mas principalmente para defender aquele que é o símbolo de um Brasil Soberano: Luiz Inácio Lula da Silva.
O ato Justiça para Lula organizado pelo Comitê Lula Livre e pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular reuniu representantes de diversos movimentos sociais e sindicais, além de partidos – CMB, MST, MTST, UNE, CTB, Intersindical, CUT, PT, PSOL, PCdoB e PCO – e mostrou, sobretudo, que o campo político progressista está unido na defesa de um projeto de país que contemple plenamente o povo brasileiro.
E foi exatamente Lula quem deu início a ideia de Brasil como Um País de Todos. Uma nação que celebrava a diversidade e a inclusão da população, sem distinções entre as diversas regiões e seus habitantes. É por isso que hoje o ex-presidente completa 600 dias como um preso político. Por ter ousado permitir que um pedreiro pudesse se formar como engenheiro ao lado do filho, como celebrou o ex-ministro Fernando Haddad durante sua fala no ato deste domingo.
“Nós temos um projeto para o Brasil. Essa galera toda que está aqui no ato tem um projeto e quem deu início a ele está preso injustamente. Inventaram um crime para prender o cara que começou a transformação do Brasil. Eles estão punindo Lula por ter começado uma revolução”, sintetizou Haddad. O ex-ministro da Educação, inclusive, fez questão de remontar todas as etapas dos ataques que atingem a classe trabalhadora, começando pelo golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff.
“Vocês acompanharam o golpe desde o começou. Tudo isso ocorreu em três atos. Primeiro afastaram uma presidenta eleita em desacordo com a Constituição Federal porque não havia crime de responsabilidade para se julgar. O segundo foi o de caçar a candidatura do presidente Lula, que liderava todas as pesquisas de opinião, algumas até davam a vitória para ele em primeiro turno. E por fim, o terceiro ato foi confirmado agora com a comprovação do dirigente do WhatsApp de que a eleição do ano passado foi alvo do maior ataque de fake news da democracia”, destacou Haddad.
Prender Lula para assaltar a soberania
O ex-ministro relembrou que sem esses três atos, Jair Bolsonaro (PSL) jamais teria sido eleito presidente, um “homenzinho que nos envergonha todo dia. Que envergonha a Nação na presença dos líderes mundiais, ao ponto de dizer ‘I love you’ para Trump”, ironizou Haddad. E foi para a agradar os Estados Unidos que prenderam Lula, conforme explica a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
“A perseguição ao presidente Lula não é somente a perseguição a um homem, mas sim a um projeto de país. Não é a toa que a Lava Jato mirou suas investigações na Petrobras. É a empresa que descobriu as maiores reservas de petróleo do mundo. E quem teve a coragem de fazer a Petrobras explorar o Pré-sal foi Lula. Foi a ousadia dele que fez a empresa se tornar uma das dez maiores petroleiras do mundo”, enfatizou Gleisi.
As reservas de petróleo, inclusive, trariam benefícios ao povo brasileiros, relembrou a presidenta do PT. “Não era só petróleo. Era usá-lo para melhorar o país. Lula fez um fundo soberano e um fundo para educação, em que 80% dos royalties iriam para financiar a educação brasileira. Isso, a nossa elite e aqueles que sempre nos quiseram dependentes não gostaram. Não podemos aceitar essa afronta. Seguimos na luta pela liberdade de Lula, pela liberdade do Brasil e do povo brasileiro”, exaltou Gleisi.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos, celebrou o ato na Paulista pela presença de representantes de diversas organizações da luta popular, mas lamentou que “exista gente no campo da oposição à Bolsonaro, que se recuse a entender a importância do Lula Livre para o Brasil”. Para Boulos, quando Lula rejeitou a progressão para o regime semiaberto, mostrou a força e dignidade que só um homem inocente tem.
“Estamos falando de um senhor que completou 74 anos de idade, que perdeu a esposa, o irmão, o neto de 7 anos de idade e mesmo assim não aceitou essa artimanha. Isso é um ato de grandeza, de dignidade histórica. A gente não admite que a maior liderança popular do país esteja presa. Eles querem encarcerar a resistência do povo brasileiro. Viemos aqui então dizer que essa luta não é só de um partido ou movimento. É a luta por Justiça e Democracia”, destacou Boulos.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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