Depois de quatro dias de debates, o 13º Congresso Nacional da CUT – CONCUT, realizado em Praia Grande (SP), foi finalizado nessa quinta-feira (10), com a eleição na nova diretoria da Central, que terá mandato até 2023. O novo grupo, eleito por unanimidade, é composto por 58 integrantes, entre diretoria executiva, Conselho Fiscal e suplentes. Desse total, cinco representam o Distrito Federal, sendo uma mulher e quatro homens.
Conheça o grupo
Eleito pela segunda vez consecutiva secretário de Relações Internacionais, Antonio de Lisboa é professor de História e Geografia da rede pública de ensino do DF. Nos anos finais da ditadura militar no Brasil, participou ativamente da reorganização do movimento estudantil. No movimento sindical, integrou a diretoria do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) de 1989 a 1995 e, posteriormente, de 2001 a 2009, quando dirigiu as maiores greves da história da categoria. Atualmente é secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e, em 2014, foi eleito membro representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Ismael José César também compõe a nova direção da CUT Nacional, eleito secretário adjunto de Políticas Sociais e Direitos Humanos. Funcionário público federal, o líder sindical participou da fundação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no DF (Sindsep) e da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Também foi secretário de Políticas Sociais da CUT Brasília, além de já ter integrado a direção da CUT Nacional na última gestão. Para ele, o maior desafio do próximo período é “fortalecer os sindicatos para fazer o enfrentamento ao governo Bolsonaro, que é resultado do golpe de 2016 e que pretende destruir todas as conquistas dos trabalhadores”. “Não pode faltar organização e trabalho de base. É necessário que as direções escutem os trabalhadores e consigam mobilizar a sociedade para o enfrentamento que se faz necessário”, avalia.
Ainda integra a nova direção da CUT Nacional Amanda Gomes Corcino. Eleita pela primeira vez secretária-adjunta de Relações de Trabalho, a líder sindical é trabalhadora dos Correios, presidenta do Sintect-DF e secretária da Mulher da Fentect. Atualmente, Amanda vem travando uma árdua luta contra a privatização da empresa estatal mais antiga do Brasil, além de ter liderado as últimas greves da categoria.
Outra liderança do DF que integra a nova direção da CUT Nacional é o rodoviário Jorge Farias, eleito secretário-adjunto de Organização e Política Sindical. Presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, o líder sindical está há décadas no movimento em defesa não só da categoria de rodoviários, mas de toda classe trabalhadora, encabeçando greves importantes e tendo como base de atuação a solidariedade de classe.
Também foi eleito para a nova diretoria da CUT Nacional o bancário Daniel Gaio. Pela segunda vez consecutiva secretário de Meio Ambiente, Gaio também já foi diretor executivo da Central de 2012 a 2015. Ele elenca quatro principais desafios para o próximo período: 1) Defender a soberania e os direitos do povo brasileiro, ambos sob ataque; 2) Combater o ultraliberalismo e a extrema direita que avançam no Brasil e no continente; 3) Retomar o protagonismo da classe trabalhadora e da democracia na América Latina; 4) Combater os ataques aos biomas brasileiros, em particular à Amazônia e o envenenamento causado pelo uso indiscriminado de agrotóxicos. Para isso, segundo Daniel Gaio, é necessário “fortalecer a democracia nas nossas entidades e ampliar a aliança da classe trabalhadora, de suas entidades e da relação com os demais movimentos sociais”.
Veja aqui a lista completa da nova diretoria da CUT Nacional, eleita no 13º CONCUT.
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