Desde o último dia 7 de outubro, 42 delegadas, 58 delegados, cinco observadoras e cinco observadores, totalizando uma delegação de 110 pessoas, participam do 13º Congresso Nacional da CUT – CONCUT, realizado em Praia Grande (SP). Professoras/es, bancários/as, terceirizados/as, vigilantes, comerciários/as, servidores/as públicos/as e diversas outras categorias do DF estão representadas na atividade que tem importância fundamental diante da conjuntura que impõe estratégias de luta inovadoras e ousadas.
“O 13º CONCUT atualiza o Plano de Lutas da CUT e a estratégia de organização da classe trabalhadora, em especial debatendo a necessidade de fazer a representação dos trabalhadores e trabalhadoras não organizados e organizadas, aqueles que estão no maior nível de precarização imposta pela modernização do mundo do trabalho, pelo avanço das tecnologias, da robotização. A CUT precisa estar junto desses trabalhadores e trabalhadoras, organizando a classe e avançando na conquista de direitos”, avalia o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Em entrevista para o portal da CUT Nacional, o secretário de Organização da CUT Brasília, Douglas de Almeida Cunha, avalia que o debate proposto pelo 13º CECUT é essencial para combater as políticas neoliberais de Jair Bolsonaro (PSL). “Aqui no Congresso iremos fazer debates sobre o financiamento sindical, a reestruturação e a solidariedade entre os sindicatos, e a expectativa é que possamos construir um novo cenário nesta conjuntura”, afirma Douglas.
Delegada pelo DF no CONCUT, a professora e militante da Marcha Mundial das Mulheres Thaísa Magalhães vê o fortalecimento da educação pública e libertária como ponto-chave de discussão diante da atual conjuntura. “A direita entendeu a estratégia da educação e isso a gente vê com avanço da militarização das escolas e da escola sem partido, que internaliza a censura e a proibição da gente poder construir uma sociedade que pensa e que lute contra opressão de gênero e por uma sociedade igualitária”, afirma. Ela, que integra o Coletivo de Mulheres da CUT Brasília, ainda lembrou que as cutistas debateram previamente as propostas que seriam levadas ao 13º CONCUT, apontando como necessárias questões como a implementação de mecanismos de acolhimento para mulheres que possam ter sofrido algum tipo de violência, moral, sexual ou física no trabalho, inclusive dentro dos sindicatos, bem como sanção para os agressores.
Já a servidora pública do Judiciário Federal Ana Paula Cusinato, também delegada pelo DF, avalia que “a CUT Brasília terá no próximo período um papel estratégico nas disputas que enfrentaremos contra a retirada de direitos no Congresso Nacional e na oposição ao governo Bolsonaro”. Segundo ela, neste sentido, é essencial uma atuação em sintonia com a CUT Nacional. “Precisamos articular essa parceria em todas as pautas nacionais que acontecem em Brasília e em nossa organização”, avalia.
O 13º CONCUT vai até esta sexta-feira (10/10) e é considerado um dos mais importantes na história da CUT diante dos ataques enfrentados pela classe trabalhadora, seja pelas políticas neoliberais do presidente Jair Bolsonaro, seja pelo avanço tecnológico que vem aumentando exponencialmente a precarização do mundo do trabalho.
Nos dias 8 e 9 de novembro, será realizado o 14º Congresso Estadual da CUT Brasília – CECUT, que vai apresentar o Plano de Lutas deliberado no CONCUT (balizado em discussões estaduais realizadas em assembleias e plenárias), aprovar as estratégias de luta local e eleger a nova diretoria da Central.
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