Nos dias 8 e 9 de novembro, no Sindicato dos Bancários de Brasília, a CUT Brasília realizará o 14º Congresso Estadual – CECUT, que neste ano leva o nome de “Lula Livre”. A atividade, que vai aprovar as estratégias de luta para os próximos quatro anos e eleger a nova diretoria da Central, acontecerá em meio a uma conjuntura que traz como uma das principais características o ataque à classe trabalhadora, seja pelas políticas ultraliberais e reformas antipovo adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), seja pelas inovações tecnológicas que vêm gerando precarização no mundo do trabalho.
“Nosso Congresso tem o nome de Lula Livre porque acreditamos que o cenário hoje construído é resultado da ausência de democracia em nosso país, que começou a ser desidratada no golpe de 2016 e chegou ao ápice com a prisão ilegal do presidente Lula. A liberdade de Lula, portanto, é o resgate de um Brasil democrático, que olha para trabalhadoras e trabalhadores como seres humanos, não como instrumentos descartáveis do capital”, afirma o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.
Segundo o coordenador-adjunto do CECUT-DF/CONCUT, Roberto Miguel, em 35 anos de história, esse é um dos congressos mais importantes da Central. “A grande discussão que deve permear o debate tanto do CONCUT como do CECUT é a readequação da CUT ao novo mundo do trabalho, frente à indústria 4.0 e os ataques do governo federal. Grande parte da classe trabalhadora hoje não está associada a entidade sindical: são os trabalhadores que atuam através de plataformas digitais, os pejotizados, os intermitentes. E é tarefa da CUT e do movimento sindical representá-los, trazê-los para a estrutura do movimento”, reflete Roberto Miguel.
Programação
No primeiro dia do 14º CECUT, será realizado o “Seminário Atualidades Políticas do Mundo do Trabalho – os desa¬fios da classe trabalhadora”. A atividade, que terá início às 9h, é dividida em quatro painéis: 1) Comunicação, disputa política e o papel da classe trabalhadora; 2) Os ataques à Educação e os desafios da classe trabalhadora; 3) Os desafios das mulheres como classe trabalhadora; e 4) A falácia neoliberal e os entraves do desenvolvimento: a organização internacional da classe trabalhadora diante dos desafios da reorganização do capital (Veja programação completa abaixo). No mesmo dia, será feita a abertura política do congresso, com análise conjuntura.
“É importante que todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores do DF, independente de terem sido ou não eleitos ou eleitas a delegadas ou delegados, participem do seminário que abre o 14º CECUT. O que estamos vivendo hoje é muito grave e precisa de uma reação respaldada na reflexão, no debate”, avalia Rodrigo Rodrigues.
Já o segundo dia do 14º CECUT será dedicado à aprovação do Regimento Interno, à aprovação do Plano de Lutas para gestão 2019-2023 e à eleição da nova diretoria da CUT Brasília.
Novo Formado
Neste ano, o 13° Congresso Nacional da CUT (CONCUT) será realizado de 7 a 10 de outubro, antes dos congressos das CUTs estaduais. A nova formatação é uma estratégia adotada para que as estaduais tenham tempo hábil de reformatar seus estatutos, adequando-os ao novo cenário. Todavia, o Congresso Nacional da CUT será embasado nas necessidades e sugestões feitas pelos estados, deliberadas em assembleias e plenárias.
+ There are no comments
Add yours