Atividades contra privatização das estatais marcam primeira semana de setembro

Diante do anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) de privatização de 17 empresas estatais, duas atividades importantes serão realizadas nos dias 4 e 5 de setembro, com o objetivo de esclarecer a sociedade sobre os impactos desse processo para o Brasil e para o povo Brasileiro.

No dia 4 de setembro, quarta-feira, será realizado o “Ato e Seminário pela Soberania Nacional e Popular” , cujo tema é “O Brasil é nosso! Contra as privatizações em defesa do emprego e de nosso futuro”. Organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a atividade será às 9h, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. O objetivo é criar uma Frente Parlamentar e Popular em Defesa da Soberania Nacional.

No encontro, que terá as presenças da ex-presidenta Dilma Rousseff, do ex-ministro Fernando Haddad, do ex-senador Roberto Requião e do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, serão debatidos questões relativas ao patrimônio público, produção científica e riquezas naturais. Também estão previstos debates sobre desenvolvimento econômico e soberania nacional, privatizações dos bancos, Correios, Previdência Social, Eletrobras e Petrobras, além de temas como Amazônia, Biodiversidade, Mineração e Água, Ciência Tecnologia e Educação.
Outras presenças confirmadas são a de Makota Celinha, do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, Anita Wright, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil e o ex-chanceler brasileiro Celso Amorim.

“Vai ser o povo que vai pagar mais caro na sua conta de luz, no financiamento da casa própria, no saneamento básico e ainda não terá um serviço de qualidade. Quem vai sofrer é a população e, é por isso que é tão importante ter diversos segmentos da sociedade participando deste seminário”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
O Diretor Executivo da CUT, Milton Rezende, concorda com Juvandia. Segundo ele, a mobilização social em defesa da soberania nacional é urgente.

“Ela [a soberania] está sendo destruída por esse governo, através das privatizações, da leniência e estimulo a destruição do meu ambiente e dos ataques à educação e ciência. Esses temas podem organizar uma campanha unitária de sindicatos, partidos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil que têm compromisso com a defesa do Brasil e de um projeto de desenvolvimento nacional”, afirmou .

Plenária CUTista

No dia seguinte do Seminário, 5 de setembro (quinta-feira), vai ser realizada uma plenária dos sindicalistas da CUT, no Sindicato dos Bancários, também em Brasília. O objetivo é organizar ações articuladas entre os sindicatos filiados representantes dos trabalhadores e trabalhadoras das empresas públicas que estão sendo desmontadas para serem privatizadas, em defesa das empresas e dos empregos.

“É fundamental que a CUT, que representa a maioria dos trabalhadores destas empresas e é a maior central sindical do Brasil e a quinta do mundo, esteja presente tanto no seminário quanto na organização do dia seguinte para pensar o que fazer e articular as ações de luta e resistência destes setores”, afirma a presidenta da Contraf-CUT.

Serviço:
Confira abaixo a programação completa:
4 de setembro – Das 9h às 19h no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados
9h – Ato político em defesa da Soberania Nacional
– Lançamento do Manifesto em defesa da Soberania Nacional
14h30 – Desenvolvimento Econômico e Soberania Nacional
15h- Intervenções de 10 minutos para cada tema:
– Privatizações: Bancos, Previdência, Correios, Eletrobrás e Petrobrás – com Rita Serrano
– Ambiental: Amazônia, Biodiversidade, Mineiração, Água, Ciência Tecnologia e Educação – com Luiz Fernandes

Dia 5 de setembro – Das 9h às 14h
Plenária da CUT, no Sindicato dos Bancários em Brasília
EQS 314/315 Bloco A – Asa Sul

Fonte: CUT Nacional

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