A luta é o desafio permanente e a própria pedagogia da esquerda e do PT, a luta é a força motriz que assegura e assegurou cada conquista da classe trabalhadora ao longo da História. Porém a luta, antes de ser um fetiche, uma festa, uma ciranda, é sobretudo, um projeto, uma tarefa. A luta é agente de transformação e é também ruptura e dor. A luta é cada derrota, cada direito que ainda não alcançamos, cada conquista ameaçada, cada perda e retrocesso, a solidão de ser voz uníssona em diversos espaços que ocupamos. A luta muitas vezes é desconforto, é habitar os lugares mais inóspitos que a hegemonia do pensamento dominante nos impõe, a luta é ocupar as margens de uma sociedade que coloca os interesses das minorias privilegiadas acima do bem social. A luta é enfrentar o ódio com amor, é ver ressurgir na sociedade o pior da humanidade e saber que precisaremos derrotá-los novamente. A luta é a dor de ver tombar companheiras e companheiros que caminham a nosso lado. A luta é enfrentar o fascismo, as traições de classe e enfrentar as dúvidas, as decepções que atingem nosso vigor e nossas convicções. A luta é seguir adiante quando são abaladas as nossas certezas mais revolucionárias, porque às vezes, contraditoriamente , ceder e recuar também é lutar…. A luta é tudo que temos: forjada com o sangue, com a vida de nossas companheiras e nossos companheiros. E com a nossa própria vida…
Marcelo Pires Mendonça
*é professor de história e militante do PT/DF
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