Esse foi o ambiente proporcionado pela 22º Parada Orgulho LGBTIQA+ de Brasília. A expectativa era que, ao menos, 100 mil pessoas comparecessem ao evento. Porém, até o final da noite, o número chegou a 160 mil, segundo a organização. Essa edição do evento, como foi lembrado por quem discursou nos trios, foi a primeira sob administração de um governo fascista, mas também foi a primeira em que a homofobia é tipificada como crime. Em meados de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as ofensas e agressões contra homossexuais e transexuais serão tratadas como crime previsto na lei contra racismo.
“Estamos aqui para construir um movimento unificado para combater toda forma de homofobia e todo tipo de preconceito. A CUT representa a classe trabalhadora e a classe trabalhadora é uma só. Porém, não podemos ignorar o fato de que a classe trabalhadora é plural dentro da sua diversidade e, por isso, temos que levar em consideração as pautas de cada segmento”, disse o seu secretário de Políticas Sociais da CUT Brasília, Yuri Soares, que se somou aos manifestantes.
A concentração do ato teve início por voltas das 14h, em frente ao Congresso Nacional. Pouco a pouco, pessoas de todos os cantos de Brasília chegavam manifestando seu orgulho. Orgulho que era externado de várias formas. Seja na estampa de uma camiseta, nas cores chamativas da bandeira LGBTIQA+, no sorriso estampado no rosto. Orgulho por resistir aos ataques à própria existência, que se acentuaram no governo de Jair Bolsonaro.
O evento contou com uma mega estrutura e foi embalado por sete trios elétricos, cada um com uma temática. Após as falas de representes do movimento, por volta das 16h30, o grupo seguiu em marcha sentido Rodoviária do Plano Piloto.
Bloco Lula Livre
A Parada deste ano contou também com o bloco Lula Livre, que pediu a liberdade do ex-presidente preso injustamente desde de abril de 2018.
“Esse ato é muito importante para mostrarmos que somos resistência, ainda que hoje tenhamos na presidência da República um presidente homofóbico. Estamos aqui mostrando que somos luta e que queremos os nossos direitos”, disse Bruno Henrique, que carregava consigo uma bandeira com os dizeres Lula Livre.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) lembrou que “Lula está preso porque ousou a assegurar o direito de todas e todos, inclusive, criando o programa Brasil sem Homofobia”.
“O nosso corpo é feito de história e de liberdade. Estamos aqui em nome do amor. Não conseguirão nos calar”, concluiu a parlamentar.
Fonte: CUT Brasília, por Leandro Gomes
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