O ministro da Justiça, Sérgio Moro, deve ir à Câmara na próxima terça-feira (2/7) para explicar diálogos divulgados pelo site The Intercept Brasil. A mensagens demonstram ação parcial do ex-juiz com integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.
A audiência pública será conjunta entre as Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). CCJ e CTASP aprovaram requerimentos, nesta quarta-feira (26/6) convidando o ministro para falar sobre o caso junto aos parlamentares.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) é autora do requerimento aprovado na CTASP. A parlamentar criticou a ausência do ministro em audiência que estava previamente marcada para a data de hoje.
“O que estamos vendo é um temor muito grande para uma convocação do ministro Moro, o qual deve satisfações ao parlamento e ao povo brasileiro sobre seus atos como chefe da Operação Lava Jato. O ministro fugiu do debate e foi aos EUA sem enviar sequer uma comunicação oficial sobre sua ausência às comissões. Aliás, ninguém sabe o que ele foi fazer nos EUA. A viagem não consta em sua agenda oficial”, criticou Kokay.
A parlamentar voltou a afirmar que os diálogos divulgados pelo The Intecept Brasil comprovam a parcialidade de Moro como juiz no âmbito da Lava Jato. “Ao pedir desculpas por ter chamado integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) de “tontos”, Moro comprova a veracidade dos diálogos”, disse a parlamentar, ao afirmar que o ministro nunca negou a autenticidade do conteúdo do The Intercept Brasil.
“Moro não pode se furtar de vir a esta Casa explicar um conluio que foi tramado no subterrâneo do Estado Democrático de Direito”, completou a deputada.
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