Na avaliação da diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa, o movimento realizado pelos servidores públicos foi extremamente positivo. “Fizemos um corpo a corpo com os deputados distritais para que esse projeto não seja votado”, destacou a dirigente sindical ao lembrar que a licença-prêmio foi conquistada com muita luta.
Consulta da CUT Brasília aponta que a proposição do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), deve enfrentar grandes dificuldades de ser aprovada na Câmara Legislativa, uma vez que a maioria dos servidores elegeu os parlamentares apostando na boa conduta e defesa intransigente dos direitos, e não na retirada deles.
Vice-presidenta da CUT Brasília e diretora do Sinpro/DF (Sindicato dos Professores), Meg Barbosa destacou que a proposta é um duro golpe para os servidos. “Por esse e outros aspectos, os sindicatos e a CUT estão atentos para que o texto não seja aprovado de nenhuma forma”.
Violência contra servidores públicos
Preocupado com a pressa do governador aprovar o texto de forma unilateral – sem consultar os trabalhadores –, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) considerou a ação de Ibaneis uma “violência” e chamou a intenção do governo de votar o projeto às pressas de “tentativa de estupro”. “Ele (Ibanes) foi advogado de sindicatos de servidores públicos”, revelou Vigilante.
A licença-prêmio concede ao servidor que tenha trabalhado cinco anos efetivos o afastamento por três meses, sem prejuízo na remuneração. Caso o servidor não se afaste nesse período, os valores são convertidos em pecúnia, pagas após a aposentadoria. O benefício é acumulativo para cada servidor.
Pela proposta do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), a licença-prêmio seria convertida em licença-capacitação. Dessa forma, os valores pagos ao final de anos de dedicação do profissional, deixariam de existir. Vale lembrar que os ex-governadores Rodrigo Rollemberg (PSB) e José Roberto Arruda (PR), com veia privatista e de desmonte do serviço público, tentaram excluir a licença-prêmio. Porém, a resistência dos servidores impediu que a medida se concluísse.
Fonte: CUT Brasília | Foto: Sinpro-DF
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