“Esta universidade vai honrar o legado de Darcy Ribeiro e de Anísio Teixeira, vai tecer a resistência contra as ameaças impostas pelo MEC e pelo governo Bolsonaro”, disse a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), em Ato realizado, nesta terça-feira (7/5), em defesa da Universidade de Brasília (UnB) e contra o corte 30% no orçamento da universidade.
A deputada, que é ex-estudante de psicologia da UnB, disse que o ataque do governo Bolsonaro à Unb e às universidades públicas é parte de um processo mais amplo de silenciamento de um modelo de educação crítico e libertário.
“Querem nos tirar a liberdade, a consciência crítica e a condição de sujeitos. Nós estamos aqui para lembrar a memória de Honestino Guimarães e de uma UnB que enfrentou e ajudou a derrotar a ditadura militar”, lembrou Kokay, ao elogiar a iniciativa da comunidade acadêmica de resistir e se levantar contra os cortes que poderão paralisar as atividades acadêmicas e de pesquisa a partir do próximo semestre.
Para a parlamentar, balbúrdia é impedir que o Brasil possa exercer todo o seu gigantismo, é asfixiar as universidades, a ciência, o pensamento, a arte e a cultura.
Parlamentares, professores, servidores e estudantes realizaram, ainda, um abraço simbólico no prédio da Biblioteca Central da Universidade (BCE), no campus Darcy Ribeiro. O Ato, organizado pelo mandato do deputado distrital, Fábio Félix (PSOL-DF), foi um esquenta para a paralisação nacional da educação, prevista para o próximo dia 15 de maio.
Visita à reitoria – Com a palavra de ordem “Não vai ter corte, vai ter luta”, parlamentares e a comunidade acadêmica seguiram em marcha até a reitoria, onde foram recebidos pela reitora, Márcia Abrahão.
Durante a visita, a reitora disse que a universidade passa por problemas orçamentários graves há pelo menos dois anos. “A medida do governo Bolsonaro bloqueou pelo menos R$ 48 milhões dos cofres da universidade, o que compromete seriamente a nossa missão institucional e constitucional, que é melhorar a vida da nossa população”, disse Márcia.
A deputada Margarida Salomão afirmou que a Frente em Defesa das Universidades Federais está estudando uma série de medidas judiciais para sustar os cortes. Disse, ainda, que será feita uma grande caravana, em todo o Brasil, em defesa da educação pública e das instituições federais de ensino.
A visita organizada pela deputada Erika Kokay em solidariedade à universidade contou com a presença de parlamentares federais e distritais, entre eles, Margarida Salomão, coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais; Helder Salomão, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal; Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores; Paulo Pimenta, líder da bancada do PT na Câmara; Maria do Rosário, Benedita da Silva, Marcelo Freixo, Fernanda Melchionna, Edmilson Rodrigues, Professor Israel Batista e Celina Leão.
Entre os distritais estiveram presentes, Fábio Félix, Arlete Sampaio, Chico Vigilante e Leandro Grass.
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