No livro “Ócio Criativo”, o sociólogo italianoDomenico de Masi sugere que o ser humano deve dedicar seu tempo a três partes distintas ao longo da vida: a si mesmo, à família e aos amigos e à coletividade. Curioso imaginar que, quase duas décadas depois, o autor da obra estaria frente a frente com alguém que fosse capaz de redefinir o conceito que ele próprio imortalizou no best seller publicado no ano 2000.
Ao visitar Lula nesta quinta-feira (25), em Curitiba, De Masi encontrou, segundo ele próprio, um homem cuja trajetória sempre deu peso maior aos interesses coletivos em detrimento a qualquer questão ou interesse pessoal – ainda que a dedicação a si mesmo e às pessoas próximas, mesmo do cárcere político, continuem incondicional.
“O fato de estar mantido aqui como preso político não mudou em nada o prestígio dele lá fora. Lula continua sendo uma grande liderança do mundo, talvez a maior de todas”, avalia o sociólogo, que aumentou a lista de personalidades internacionais, entre artistas, políticos e pensadores, que decidiram ir até a Polícia Federal prestar apoio ao presidente com maior aprovação popular da história do Brasil.
Lula também confidenciou ao intelectual italiano a sua preocupação diante dos cada vez mais numerosos problemas brasileiros. Para além da preocupação do povo com a sua condição de preso político, o ex-presidente deixou claro que a luta maior é para salvar o país. “Lula me disse que não vai trocar a sua dignidade por sua liberdade e me pediu para que cada um de vocês que estão aqui façam o mesmo Para ele, a luta da esquerda é uma luta de longo prazo, mas ao fim deste caminho haverá uma esquerda muito maior”.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias
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