Na semana que marca um ano da prisão política e ilegal de Lula, milhares de pessoas estão indo às ruas em mais de 15 países denunciar as arbitrariedades cometidas pela Justiça contra o único presidente do Brasil que trabalhou pelo povo. No Distrito Federal, será realizado ato nesta quarta-feira (10), às 16h, no Supremo Tribunal Federal (STF), com a participação de grupos culturais e artistas do DF.
As manifestações no Brasil e no mundo estão sendo convocadas pelos organizadores da Jornada Lula Livre, que lidera uma série de atos, caravanas e comitês pela liberdade de Lula, desde o dia 7 até dia 10 de abril.
Na sexta-feira (5), o ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato a presidente da República pelo PT, Fernando Haddad (PT), iniciou a Caravana Lula Livre, que parte de Porto Alegre em direção a Curitiba, onde foi realizado ato nacional no domingo (7). Na capital paranaense, a concentração começou às 8h, no Terminal Boa Vista, com marcha até a Vigília Lula Livre, nas proximidades da sede da PF, para o tradicional “Bom dia, presidente Lula”.
Lula é mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, no Paraná, desde o dia 7 de abril de 2018, depois de um processo fraudulento comandando pelo ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça do governo de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL).
Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão por supostamente ter aceitado que a Construtora OAS fizesse uma reforma no tríplex do Guarujá que nem pertence ao presidente, como ficou comprovado. A sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que ampliou a pena para 12 anos e 11 meses de prisão, apesar de não haver um único indício de atos ilícitos.
A condenação sem provas de Lula, criticada pelos juristas do mundo inteiro, será analisada ainda este semestre pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU.
Perseguido no Brasil, Lula é reconhecido em todo o mundo pelas políticas de geração de emprego e renda e combate a fome. E pela sua luta contra as desigualdades sociais, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz pelo ativista Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do prêmio em 1980. Mais de 500 mil pessoas, entre eles, ganhadores de Prêmio Nobel, parlamentares de vários países, intelectuais e acadêmicos assinaram a indicação do ex-presidente.
Atos internacionais
As manifestações já foram marcadas em vinte capitais da Europa, América Latina e América do Norte.
Na programação dos atos internacionais, a jornada Lula Livre passará por Madri, Munique, Paris, Berlim, Bonn, Lisboa, Coimbra, Frankfurt, Londres, Colônia, Genebra, Bolonha, Nova York, Amsterdã, Hamburgo, Barcelona, Roma, Copenhague, Melbourne, Estocolmo, Saint Louis, Montevidéu e Cidade do México.
Fonte: CUT Nacional, com edição da CUT Brasília
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