Além de fugir do debate sobre a desastrosa proposta para a Previdência e insinuar jogar a toalha caso sua “reforma” não seja levada adiante, o ministro da Economia, Paulo Guedes, agora terá de enfrentar um novo problema: o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu processo para apurar supostas fraudes em negócios feitos por uma de suas empresas com fundos de pensão patrocinados por estatais.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a investigação foi instaurada em fevereiro, a partir de uma representação do Ministério Público Federal (MPF) baseados em irregularidades apontadas pela Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), entidade previdenciária dos funcionários da Caixa.
Em outubro passado, a Procuradoria da República no Distrito Federal já suspeitava da empresa de Guedes por gestão fraudulenta ou temerária em operações para captar e aplicar R$ 1 bilhão de sete fundos de pensão nos últimos 10 anos.
Agora, a suspeita do MPF é de que as transações tenham gerado ganhos excessivos para o ministro, em detrimento das entidades que injetaram o dinheiro, responsáveis pela aposentadoria complementar de milhares de empregados das estatais – curiosamente o benefício que Guedes tenta tirar das mãos do governo e levar para o setor privado.
As duas investigações estão a cargo da força-tarefa Greenfield, grupo de procuradores que investiga desvios de bancos públicos e fundos de pensão. O conteúdo era acessível ao público, mas recentemente, após a posse de Guedes, foi decretado sigilo.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Folha de S. Paulo
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