Protestos pelo país serão um ‘esquenta’ para greve-geral, caso Jair Bolsonaro (PSL) insista na reforma que acaba com a aposentadoria de milhões de trabalhadores
A CUT, centrais sindicais e movimentos sociais realizam na próxima sexta-feira, 22 de março, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, em várias cidades do Brasil. Será um dia de resistência para mostrar ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) que a classe trabalhadora não vai aceitar as perversas condições impostas no texto da sua proposta de reforma da Previdência, que praticamente acaba com o direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
“É um esquenta para uma greve geral, caso Bolsonaro insista em levar adiante essa proposta”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, que reforça a convocação para que todos os trabalhadores e trabalhadoras do país participem dos protestos que já estão marcados em várias cidades. (Veja lista de atos já marcado, no final desta matéria).
De acordo com Vagner, todos devem se unir à luta dos sindicatos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, da reforma da Previdência, que restringe o acesso e reduz o valor dos benefícios previdenciários.
A PEC dificulta o acesso e reduz o valor dos benefícios ao estabelecer a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens, 62 para as mulheres e aumentar o tempo de contribuição de 15 para 20 anos, além de retirar da Constituição o sistema de Seguridade Social brasileiro.
O dirigente alerta que Bolsonaro também quer acabar com o pagamento da multa de 40% do FGTS aos trabalhadores que se aposentam e continuam trabalhando na mesma empresa, entre outras maldades.
“O governo não está atacando somente a aposentadoria. A proposta de Bolsonaro ataca também direitos sociais e previdenciários garantidos pela Constituição como o auxílio doença. E ainda propõe a redução do valor dos benefícios de viúvas e órfãos, que acumulam benefícios”, afirma o presidente da CUT.
Ele lembra que, em abril de 2017, a classe trabalhadora barrou a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB), depois da maior greve geral da história do país.
“Mais de 45 milhões de trabalhadores em todo o país cruzaram os braços para dizer não à reforma de Temer. A proposta de Bolsonaro é ainda pior que a anterior e, por isso, o dia 22 de março tem que ser ainda maior”, diz Vagner Freitas
Ele classifica a PEC da reforma como o “maior retrocesso da história, pior até mesmo que a reforma Trabalhista de Temer, que jogou milhões de trabalhadores na informalidade e, ao contrário do que prometeram, não reduziu o desemprego no país”.
Em ação
Além da mobilização da classe trabalhadora no Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, outras ações estão sendo realizadas contra a reforma. As centrais sindicais estão em Brasília, nesta semana, para dialogar com parlamentares sobre as atrocidades da proposta de Bolsonaro.
“Já cobramos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Acolumbre (DEM-AP) e dissemos aos parlamentares que se votarem a favor, não serão reeleitos”, afirmou Vagner Freitas.
O dirigente também destacou a articulação com as câmaras municipais e associações comerciais de pequenos municípios, onde a economia será duramente afetada pela reforma. “Essas cidades são sustentadas pelos benefícios da Previdência. Já há uma paralisia no comércio dessas localidades e se a reforma passar, será a falência total desses municípios”, alerta Vagner.
Veja os locais onde serão realizados atos no dia 22:
São Paulo:
Capital: ato às 17h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista
São Carlos: A partir das 9h, na praça em frente ao Mercado Municipal – Centro
Bauru: A partir das 14h, Audiência Pública na Câmara Municipal – Praça Dom Pedro II, 1-50 – Centro
Campinas: 10h00 – Ato dos professores e Servidores Públicos no Largo do Rosário, no centro
16h30 – Concentração para o ato e panfletagem na rua 13 de Maio e diversos terminais de ônibus
18h00 – Ato político com representante das centrais, das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos sociais e sindicatos
Grande ABC: 7h – Caminhada com a participação dos sindicatos da região saindo da porta da Mercedes Benz e da Ford
Rio de Janeiro
16h – Marcha da Candelária à Central
Distrito Federal
Debates nas escolas (agenda prévia com o Sinpro) – Manifestações nas redes sociais – Carro de som pelas cidades – Visita aos gabinetes dos parlamentares
Brasília: 17h, em frente à Praça Zumbi dos Palmares, no Setor de Diversões Sul
Alagoas
Maceió: 15h – Praça Centenário
Goiás
Goiânia: 6h – Ato próximo ao Estádio Serra Dourada, na altura do KM 153 da BR
Rio Grande do Sul:
Porto Alegre: ato às 18h, na Esquina Democrática
Mato Grosso
Cuiabá: 16h – Ato na Praça Ipiranga
Mato Grosso do Sul:
Campo Grande: 8h – Praça do Rádio Clube
Minas Gerais
Belo Horizonte: 17H – Ato na Praça Sete. Na parte da manhã, sindicalistas e militantes percorrerão com carro de som dois bairros populosos da capital – Barreiro e Venda Nova – explicando as perversidades da reforma de Bolsonaro e fazendo panfletagens
Montes Claros: 16h – Ato na Praça Dr. João Alves (Praça do Automóvel Clube)
Ceará:
Fortaleza: ato às 8h na Praça da Imprensa (bairro Dionizio Torres)
Juazeiro do Norte: 16h – Giradouro
Santa Catarina:
Florianópolis:
Panfletagem durante a semana, do dia 18/03 até o dia 22/03
Ato em defesa da Previdência, às 17h, no Ticen.
Blumenau: 10h – Ato em frente ao INSS
Chapecó: Panfletagem no centro da cidade
Criciúma: Ato no Terminal Central
Paraná
Curitiba: 23/03 – 8h30 – Assembleia Estadual da APP Sindicato no Espaço Reviver (Av. Iguaçu, 830)
Pará
Belém: 7h30 – Concentração em frente ao Banco do Brasil da Avenida Ponte Vargas e caminhada, a partir das 9h, do BB até a agência do INSS, na Av Nazaré
Marabá: Pela manhã em frente ao INSS e às 15h, seminário sobre reforma da Previdência na Faculdade Carajás
Pernambuco
Recife: 15h na Praça do Derby
Piauí
Teresina: 8h – Praça Rio Branco (Em frente ao INSS)
Rio Grande do Norte
Mossoró: 6h – Na base da Petrobrás
8h – Concentração no INSS
Natal: 14h, INSS – caminhada até a praça dos três poderes
Joinvile
14h – Ato na Praça da Bandeira
23/03 – 9h – Plenária Sindical “Os Trabalhadores e a Reforma da Previdência”, no auditório do STIVestuário
Bahia
Salvador: 9h, na Rótula do Abacaxi
Acre:
Rio branco: ato e panfletagem às 8h, em frente à sede do governo do estado (Palácio Rio Branco)
Paraíba
Campina Grande: Praça da Bandeira, 10h
Sergipe
19/03 – Plenária sindical e popular de organização amanhã às 15h, SINDISAN
Por CUT
+ There are no comments
Add yours