Diante dos retrocessos vivenciados na educação e da necessidade de organizar o enfrentamento aos ataques, professores(as) e orientadores(as) educacionais aprovaram um calendário de lutas para o próximo período.
A decisão foi tomada em assembleia geral com paralisação, nesta quinta-feira (14), dia em que o Sinpro-DF completa 40 anos de sindicalismo combativo e aguerrido.
Entre os pontos aprovados estão a instauração de um estado permanente de mobilização contra a reforma da Previdência (PEC 6/2019) de Bolsonaro, e a luta contra o projeto de militarização das escolas, que representa uma verdadeira ameaça à gestão democrática.
Já no âmbito distrital, ficou definido que o embate é pelo cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE), que trata da valorização do magistério, por meio da isonomia salarial em relação à média dos vencimentos das demais carreiras de servidores(as) públicos do GDF.
Sobre essa reivindicação, já teve um apontamento inicial. Um Suplemento do Diário Oficial dessa quarta-feira (13), trouxe a criação do Grupo de Trabalho (GT) dentro do GDF que vai estudar formas de implementar a Meta. Agora, o GT tem até 90 dias para apresentar uma proposta.
A pauta também inclui a nomeação de mais orientadores(as) educacionais e professores(as), plano de saúde, pagamento da pecúnia para os(as) servidores(as) aposentados(as) e uma vasta lista de reivindicações, com mais de 100 itens, que vão desde a construção e reforma de escolas até a redução de estudantes por turma.
A diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa parabenizou os(as) trabalhadores(as) pela força e participação massiva na atividade. “Não poderia ter espaço melhor para comemorarmos com muito orgulho os 40 anos do Sinpro, e a sequência dessa trajetória de sucesso se reafirma aqui, com a categoria demonstrando sua capacidade de luta. Esta é a comprovação de que o sindicato tem que ser respeitado e cuidado. Os professores(as) e orientadores(as) aprovaram esse calendário de mobilizações sabendo e entendendo que não podemos nos acomodar. Reafirmamos que essa diretoria engrossará cada vez mais a luta para que a categoria deixe de sofrer prejuízos como vem sofrendo nos últimos tempos”, afirma a diretora.
Para o também diretor do Sinpro Gabriel Magno a assembleia foi positiva e simbólica em meio a uma conjuntura difícil. “Hoje, celebramos o aniversário do Sinpro. São 40 anos de uma história bonita de lutas e conquistas em defesa dos direitos, da democracia e de uma educação pública e de qualidade. Mas, infelizmente, hoje também completa um ano da execução cruel de Marielle Franco, e um dia depois do terrível atentado dentro de uma escola, em Suzano, São Paulo. Vivemos um momento de ódio, perseguição e criminalização do movimento sindical, mas, apesar do cenário caótico, a assembleia deu o recado ao governo e apontou que vai ser com muita luta, como a história mostra, que vamos combater todos os retrocessos. Mais livros e menos armas, essa é nossa bandeira. A sociedade precisa é de investimentos em educação e de valorização dos(as) professores(as). Com unidade e luta nossa vitória é certa”, concluiu o dirigente.
Confira o documento publicado no DODF e o calendário completo no Boletim Informativo do Sinpro-DF Edição Extra
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