Jair fechou um acordo para ceder a Base de Alcântara aos militares estadunidenses, segundo Estadão; entrega de território deve ocorrer dia 19, em encontro com Trump
O slogan de Jair Bolsonaro (PSL) coloca o Brasil acima de tudo, mas na prática sua política é entreguista e não acolhe os desejos e necessidades da população brasileira. A soberania nacional corre riscos com sua postura. Com pouco mais de dois meses de mandato, Bolsonaro firmou um acordo com os Estados Unidos para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, segundo reportagem do jornal Estadão, publicada nesta segunda-feira (11). A expectativa é que o compromisso seja assinado em 19 de março, quando Jair e Donald Trump se reunirão, nos EUA.
O entreguismo de Jair não é de hoje. Durante as Eleições 2018, ele bateu continência para a bandeira americana. Já eleito, ele bateu continência para um assessor de Trump. E há anos já falava em entregar a Amazônia brasileira aos Estados Unidos.
O interesse estadunidense em Alcântara não é novidade e este acordo vem sendo traçado desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2017, a Carta Capital levantou 10 pontos importantes sobre a base e em um deles relembra que “o objetivo principal é ter uma base militar em território brasileiro na qual exerçam sua soberania, fora do alcance das leis e da vigilância das autoridades brasileiras, inclusive militares, onde possam desenvolver todo tipo de atividade militar.”
Outra questão abordada pela reportagem é a localização de Alcântara. “em frente à África Ocidental, é ideal para os Estados Unidos do ângulo de suas operações político-militares na América do Sul e na África e de sua estratégia mundial, em confronto com a Rússia e a China.”
À lá Guantánamo?
Historicamente, os EUA já contribuíram para avanços democráticos, mas também é o maior responsável por violações aos direitos humanos. E as atrocidades cometidas pelas Forças Armadas estadunidenses costumam ser praticadas em territórios externos. Uma base que ficou mundialmente famosa foi a localizada na Baía de Guantánamo, em Cuba. O local passou a abrigar um presídio em 2002 e as condições eram tão precárias que os detentos fizeram greve de fome, mas foram alimentados à força.
Em setembro de 2006, George W. Bush admitiu à Suprema Corte que a CIA mantinha prisioneiros em segredo durante anos sem que houvesse um processo. Não há como prever os planos estadunidenses para Alcântara, nem se a base se tornará uma prisão cruel, mas não há como negar que o interesse é preocupante, ao dar poder demais a outro país em território nacional.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Carta Capital e Estado de S. Paulo
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