Defesa do ex-presidente protocolou o laudo do perito Celso Mauro Ribeiro Del Picchia nesta quinta-feira (28)
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (28), um laudo pericial que sugere que a juíza Gabriela Hardt baseou sua sentença sobre o caso “sítio de Atibaia” no texto que o ex-juiz Sérgio Moro escreveu para o “caso triplex” – ambos os processos no âmbito da operação Lava Jato. Segundo os advogados, o laudo deixa claro que os processos envolvendo Lula “não estão sendo propriamente julgados nas instâncias inferiores; ao contrário, ali estão sendo apenas formalizadas decisões condenatórias pré-estabelecidas, inclusive por meio de aproveitamento de sentenças proferidas pelo ex-juiz da Vara, símbolo do programa punitivo direcionado”.
O documento, assinado por Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, membro Emérito da Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo, da International Association of Forensinc Sciences [IAFS], da Associação Brasileira de Criminalística [ABC] e da Asociación Latinoamericana de Criminalística, atesta a “certeza técnica de que a Sentença do Sítio foi superposta ao arquivo de Texto da Sentença do Triplex, diante das múltiplas e extremamente singulares ‘coincidências’ terminológicas”.
No antepenúltimo parágrafo da sentença de Hardt, o perito encontrou evidências de que a juíza apenas “copiou e colou” a sentença de Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública: “(…) Deverão ser descontados os valores confiscados relativamente ao apartamento”, equivocou-se a juíza.
A reportagem do Brasil de Fato não conseguiu contato com a juíza Gabriela Hardt para comentar as acusações.
Brasil de Fato
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