A melhor forma de dialogar com a população sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019) é por meio de um discurso unificado. O entendimento foi ratificado na Oficina de Capacitação sobre a reestruturação do sistema previdenciário, realizado pelo Coletivo de Comunicação da CUT Brasília, nesta quarta (27).
Além de debater estratégias de enfrentamento ao projeto, a oficina atuou como um importante espaço para que os dirigentes e comunicadores sindicais sanassem suas dúvidas sobre o tema e buscassem o melhor método para levar esclarecimento, de forma didática, aos seus públicos.
Apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional no último dia 20, a proposta é extremamente nociva, pois aprofunda a retirada de direitos, põe fim às aposentadorias e desmantela benefícios essenciais previstos na Constituição Federal.
“A reforma da Previdência introduz uma lógica de que, para ter direitos, o cidadão terá que pagar. Isso não é reforma, é destruição de direitos. Trata-se de uma proposta cruel, que afirma que combate privilégios, mas, na essência, produzirá mais pobres e excluídos do sistema de proteção social”, afirmou o assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), no Senado, Marcos Rogério.
O mesmo entendimento é compartilhado pela consultora jurídica da CUT, Fernanda Giorgi, que acredita que a proposta do governo atinge a população mais frágil. “A reforma da Previdência afeta, principalmente, as mulheres, os mais pobres, e aqueles que sofrem discriminação no mercado de trabalho”, disse.
Porém, para além disso, o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, destaca que, nesse enfrentamento, o debate deve sobressair o meio sindical e chegar à base trabalhista.
“A única forma de ganharmos o debate sobre a reforma da Previdência é falando com o povo. Essa é a melhor estratégia de obtermos vitória nessa disputa de narrativa”, finalizou.
Fonte: CUT Brasília
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