Entre outros pontos, parlamentares criticaram as propostas de Jair que deixam idosos de baixa renda sem receber ao menos um salário mínimo, antes dos 70 anos
Vários parlamentares da Bancada do PT na Câmara criticaram, via Twitter, a proposta de Reforma da Previdência entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso nesta quarta-feira (20). Entre outros pontos, os parlamentares afirmam que a proposta praticamente destrói a Previdência pública ao dificultar o acesso à aposentadoria, principalmente da população mais pobre.
Um grande tuitaço levou a hashtag, #ReajaOuSuaPrevidênciaAcaba, aos Trending Topics do Twitter no Brasil, chegando a ficar na primeira colocação entre os assuntos mais comentados desta quarta-feira (20) na rede social por várias horas. Entre as principais críticas no Twitter contra a Reforma está a nova regra que estipula a idade mínima para a aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para a mulheres, que prejudica especialmente quem entra mais cedo no mercado de trabalho.
Outro ponto criticado é a mudança nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos em idade de se aposentar, mas sem comprovação de contribuição. Nesse caso, para ter acesso ao benefício de um salário mínimo a idade exigida passa dos atuais 65 para 70 anos. A Reforma da Previdência de Bolsonaro também prevê que o trabalhador só terá direito à aposentadoria integral somente após 40 anos de contribuição.
Leia abaixo as declarações dos deputados (as) petistas:
Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara – “O que Bolsonaro trouxe hoje para a Câmara foi a proposta de destruição da Previdência pública. Chamar o texto de ‘reforma’ é mais uma mentira do presidente mentiroso”.
Erika Kokay (DF) – “Não, não é “nova previdência”. É o fim da previdência social e o início de um modelo injusto que beneficiará somente os planos privados de previdência. O povo, ah o povo precisa reagir pra não perder o direito à aposentadoria.”
Pedro Uczai (SC) – “Nós não concordamos com o que já tomamos conhecimento e consideramos um desmonte do direito à aposentadoria do povo trabalhador. Quantos anos de trabalho você precisará para se aposentar?”.
Beto Faro (PA) – “Bolsonaro acaba de apresentar a proposta da Reforma da Previdência, mas não mexe nos privilégios. Qual diferença de um professor para um militar?”.
Alexandre Padilha (SP) – “Querem a Previdência que o Chile implantou há 35 anos. Cada um cuida da sua. Hoje, o Chile detém o maior índice de suicídio entre idosos. Não é reforma. É ataque. “Crime”, nas palavras do próprio Bolsonaro, mas isso só durante as eleições”.
Rogério Correia (MG) – “Para se ter uma ideia do saco de maldades do Bolsonaro com os trabalhadores: quem iria se aposentar com 56 anos vai para 64 com a transição. Trabalhador (a) que tiver 35 anos de contribuição precisará de 71 anos para se aposentar integral. A maldade atinge a todos!”.
Zeca Dirceu (PR) – “Militares não entraram na primeira fase da Reforma da Previdência. A reforma não era boa para todos e todas?”.
Bohn Gass (RS) – “Uma coisa já posso dizer sobre Reforma da Previdência de Bolsonaro: é um atentado contra o trabalhador e a trabalhadora rural. Massa assalariada urbana também será massacrada (aos poucos, detalharemos) mas, por hora, foco na agricultura familiar que será muito prejudicada”.
Helder Salomão (ES) – “Dos criadores de ‘a reforma Trabalhista vai gerar mais empregos’, vem aí ‘a Reforma da Previdência é melhor para o Brasil’. Mais uma fake news para enganar os brasileiros”.
Natália Bonavides (RN) – “A mulher trabalhadora é a mais prejudicada pelo desmonte da Previdência. O aumento da idade mínima de 60 para 62 entre as urbanas, de 55 para 60 entre as rurais, é mais uma forma brutal de violência contra a mulher que o atual governo promove”.
Valmir Assunção (BA) – “Mais que óbvio o interesse de Bolsonaro e Paulo Guedes. Querem desidratar a Previdência pública, universal e solidária para inflar sistemas privados de previdência, com regimes de capitalização”.
Carlos Veras (PE) – “Bolsonaro quer diminuir para míseros R$ 400 o valor do benefício assistencial para idosos em situação de miséria. Hoje, o valor pago é de 1 salário mínimo. Na reforma de Bolsonaro, 1 salário mínimo seria pago só a partir de 70 anos. Não permitiremos!”.
Henrique Fontana (RS) – “Modelo para a reforma do Bolsonaro, Previdência Social do Chile exige esforços cada vez maiores de quem já trabalhou a vida inteira. O país tem número recorde de suicídio de idosos”.
Por PT na Câmara
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