Bastou apenas uma sinalização do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), sobre pôr fim ao Passe Livre Estudantil, para que a resistência e as mobilizações surgissem em vários âmbitos sociais.
Na tarde dessa quarta (6), por exemplo, cerca de 300 pessoas se reuniram em assembleia na Praça Zumbi dos Palmares ― em frente ao Conic ―, para debater o tema e discutirem estratégias de enfrentamento em defesa do benefício. Atualmente, o programa atende milhares de estudantes da rede pública e privada que não conseguem arcar com o elevado custo das passagens no DF.
A mobilização, organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL), deliberou a criação de um projeto de lei de iniciativa popular que visa ampliar a gratuidade do passe estudantil. A ideia é que, além de utilizar o transporte público para ir à faculdade ou escola, os estudantes possam usufruir também para ir a outros lugares.
O projeto será apresentado na Câmara Legislativa nesta sexta (8), às 14h, pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede). A entrega será antecedida por um ato público em frente a Casa.
Entenda a proposta de Ibaneis
Sob a justificativa de corte de gastos, Ibaneis elaborou um projeto de lei que previa a extinção da gratuidade do passe livre estudantil. A proposta seria entregue à CLDF na terça (5), mas, devido à repercussão negativa, o governador recuou.
Pela medida, estudantes matriculados nos ensinos superior, médio e fundamental, da área urbana e rural, deveriam pagar 1/3 da tarifa. A exigência seria para aqueles com renda familiar total inferior a três salários mínimos ou os que fossem beneficiados por bolsa de estudo.
Já os alunos da rede privada que não se enquadrassem nesses critérios deveriam pagar a tarifa cheia, sem desconto algum.
A estimativa é que Ibaneis envie nova proposta ao legislativo também na sexta (8).
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