Aprofundamento da reforma trabalhista poderá permitir até mesmo empregos sem férias e sem 13º. Proposta seria votada com Previdência, mas governo recuou
O governo já estuda criar um novo regime de trabalho que negue direitos históricos para os jovens, e que ainda se apresente como uma “opção” . Até a manhã desta quinta (7), a proposta em debate era de aprovar junto com a PEC da Reforma da Previdência a chamada “carteira verde e amarela”, que não inclui vale transporte, alimentação, plano de saúde e outros benefícios de acordos ou negociações sindicais. Pouco depois, o governo recuou na estratégia, apesar de manter os objetivos.
Após café com empresários, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que seu novo regime de trabalho precarizado não entra na Reforma da Previdência, conforme noticiou o jornal Valor, mas reafirmou sua intenção de tirar direitos. A proposta ventilada até o momento deve afetar principalmente os jovens que estão entrando agora no mercado de trabalho.
Pelas palavras de Guedes, nem mesmo o 13º salário e as férias estarão garantidos na “carteira verde e amarela”. Questionado se a proposta visa manter os direitos, o ministro respondeu que “é muito cedo ainda” para afirmar.
Ele ainda quer que, pelo novo regime, o trabalhador resolva as disputas com os patrões na justiça normal, o que por um lado enfraquece ainda mais quem vende sua força de trabalho, e por outro pode se juntar às montanhas de processos que não avançam na justiça.
Como “argumento” para piorar a vida do brasileiro, Guedes defende que é preciso criar empregos sem direitos para ter mais vagas de trabalho, porém, ele esquece que no governo Lula, em 2010, o Brasil chegou a ter pleno emprego, majoritariamente com carteira assinada, com apenas 5,7% da população desempregada.
Da Redação da Agência PT de notícias, com informações do Valor
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