Líder do PT na Câmara concedeu entrevista à rádio CBN falando sobre a composição de bloco na Câmara
“Não há hipótese de participarmos de qualquer bloco do qual participe o PSL, porque isso para nós contraria uma questão fundamental, que é a independência do governo, a autonomia do poder legislativo”, afirmou o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (14).
Segundo Pimenta, o PSL já disse mais de uma vez que sua intenção é participar do bloco para facilitar a tramitação de matérias do governo. “Então, estamos em polos opostos do ponto de vista dos interesses e da visão acerca da independência do poder legislativo nesse processo”, afirmou.
O deputado defendeu a autonomia do Legislativo e a independência do poder Executivo, assim como a garantia das prerrogativas parlamentares.
“Nossa posição se sustenta no objetivo de constituir um bloco com partidos do campo democrático e popular, que envolve o PSB, o PDT, o PCdoB e o PSOL, e que tem além deste compromisso democrático, alguns objetivos: a manutenção da independência do poder legislativo, a autonomia, a não-subordinação aos interesses do governo. É fundamental que a Câmara tenha garantida de maneira plena as prerrogativas da nossa atuação”.
Pimenta declarou que há avanços para viabilizar o bloco, que pode chegar a mais de 140 parlamentares. “O PT não pretende fazer esse movimento sozinho, mas sim com esses partidos. Temos tempos, eleição é só em fevereiro e nas próximas semanas vamos avançar na nossa estratégia”.
No dia 30 de janeiro deverá ocorrer a reunião de toda a bancada de deputados do PT na Câmara dos Deputados, quando será definida a posição do partido para a votação da presidência da casa.
“Tradicionalmente os partidos decidem os votos das eleições com as bancadas às vésperas das eleições. Hoje vou conversar com o [Marcelo] Freixo (Psol), temos intensificado o debate com os partidos mais próximos da nossa visão. Estamos tranquilos para esse debate”, disse Pimenta.
“Não estaremos de maneira alguma e nunca cogitamos compor bloco com a participação do PSL. O PSL representa o não-diálogo, a não construção da democracia, o desrespeito às prerrogativas do poder legislativo, e evidentemente que estamos em um polo distinto desse”, concluiu o parlamentar.
Da Redação da Agência PT de notícias, com informações da CBN
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