Ricardo Salles, que é acusado de cometer crimes como fraude ambiental e tentativa de venda de prédio público atacou, sem provas, uma licitação do órgão
O ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles, já deu seu atestado de incompetência poucos dias depois de assumir o cargo. Em sua conta pessoal no Twitter “denunciou” neste domingo (6) um contrato do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) de quase R$ 30 milhões. Em seu post ele destaca, em caneta vermelha, que se trata de “locação de veículos utilitários, sem motorista, com fornecimento de combustível e pagamento mensal fixo mais quilometragem livre rodada.”
Bolsonaro, que não pode ver uma vergonha que já quer passar, retuitou seu ministro e ainda escreveu dois posts que foram apagados horas depois. Ele afirma: “Estamos em ritmo acelerado desmontando rapidamente montanhas de irregularidades e situações anormais que estão sendo e serão comprovadas e expostas”. Ele ainda acrescentou. “A certeza é que havia todo um sistema formado para principalmente violentar financeiramente o brasileiro sem a menor preocupação!”
O caso fez com que a conta pessoal de Bolsonaro no Twitter passasse a ser administrada pela Secretaria de Comunicação de seu governo.
Nesta segunda-feira (7), a presidenta do Ibama, Suely Araújo, emitiu uma nota oficial em nome da instituição e afirma que a “acusação sem fundamento evidencia completo desconhecimento da magnitude do Ibama e das suas funções”. Suely acrescenta ainda que o contrato é legal e salienta que “a presidência do Ibama refuta com veemência qualquer insinuação de irregularidade na contratação. Espera, por fim, que o novo governo dedique toda a atenção necessária às importantes tarefas a cargo do Ibama, e não a criar obstáculos à atuação da Autarquia”. A obsessão pela denúncia sem provas de Bolsonaro e seu ministro evidenciam uma falta de preparo e também uma crise entre o governo e alguns órgãos federais.
Também na segunda-feira (7), o TCU (Tribunal de Contas da União) arquivou a representação que questionava o edital. A entidade destacou que a licitação em lote único não causou prejuízo à administração pública.
O Tribunal também afirmou que a proposta não causou prejuízo à competitividade e que dez empresas se ofereceram e estariam aptas a fornecer os serviços solicitados em âmbito nacional.
Ministro sem direitos políticos
Ricardo Salles, que em sua campanha mal sucedida a deputado federal por São Paulo defendeu munição de fuzil contra a esquerda e o MST, coleciona crimes. Inclusive, nem era para ele estar ocupando o cargo.
Não perca a conta: o ministro do Meio Ambiente é acusado de fraude ambiental, atividade ilícita na Junta de São Paulo e tentativa de venda de prédio público.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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