A resistência da bancada do PT e de outros partidos que defendem a liberdade para professores e estudantes se mostrou mais forte do que o interesse da base governista
A comissão especial da Câmara dos Deputados que debateu o projeto conhecido como “Escola sem Partido” teve os trabalhos encerrados sem conseguir aprovar a matéria. A resistência da bancada do PT e de outros partidos que defendem a liberdade para professores e estudantes se mostrou mais forte do que o interesse da ampla maioria da base governista – e fundamentalista – que dominou a comissão especial.
Parlamentares, estudantes, professores, gestores e defensores da educação livre celebraram intensamente a vitória, garantida quando o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), anunciou que não vai mais convocar reuniões do colegiado para este ano.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS), integrante da comissão especial, comemorou a “vitória da resistência” alcançada pela oposição. “É uma resistência pela liberdade, pela Constituição, pela liberdade de cátedra e pela liberdade pedagógica”, comemorou Rosário, que tratou o projeto como “um atentado, uma mentira que tirava da escola a liberdade”.
O simbolismo da resistência, especialmente das parlamentares mulheres, também foi valorizado pela deputada Erika Kokay (PT-DF). “Se os nossos mandatos servirem apenas para impedir que eles concretizem essas maldades contra a educação brasileira, eles já servem para muita coisa”, disse Erika, que revelou ter sido alvo de muitos ataques dos deputados defensores do projeto na comissão.
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