Antônio Palocci mergulhou mais fundo ainda em seu poço de indignidade, ao depor nesta quinta-feira (6/12) para a 10a. Vara Federal de Brasília
Ao depor hoje para a 10a. Vara Federal de Brasília, Antônio Palocci acrescentou mais uma falsidade às 12 mentiras que já havia contado sobre Lula, numa negociação fraudulenta com a Lava Jato, para sair da cadeia e receber de volta pelo menos R$ 43 milhões dos R$ 80 milhões que os investigadores encontraram em suas contas bancárias.
A acusação contra Lula e seu filho Luís Cláudio, no âmbito da Operação Zelotes, é uma farsa montada a partir de reportagem mentirosa do jornal “Estado de S. Paulo” em outubro de 2015; uma ficção relacionando Medida Provisória de 2009 a pagamentos por serviços prestados em 2014. Mesmo sendo óbvia a mentira, procuradores de Brasília usaram a reportagem para incluir Lula e seu filho numa denúncia sobre corrupção na Receita Federal.
A Medida Provisória 471 foi editada em 2009, com aprovação unânime do Congresso Nacional, para prorrogar por 5 anos a vigência de incentivos fiscais criados no governo de Fernando Henrique Cardoso e que levaram a indústria automotiva a se instalar nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Os incentivos foram renovados em 2013, pela MP 627.
Ao contrário do que alegam os acusadores de Lula, a medida não foi feita para beneficiar a empresa A, B ou C, mas para promover a industrialização e gerar dezenas de milhares de empregos de qualidade, como ocorreu nos polos automotivos de Camaçari (BA), Fortaleza, Goiana (PE), Manaus e Anápolis (GO). Foi uma bem-sucedida política de desenvolvimento regional.
Desde que a ação, apesar de esdrúxula, foi aceita pela Justiça, em 2017, nenhuma testemunha confirmou as acusações levianas do Ministério Público, pois elas não se sustentam nem em provas nem nos fatos nem na lógica. Somente Antônio Palocci se dispôs a sustentar essa farsa, depois de vender a alma à Lava Jato.
Ele acusou Lula sem que o juiz lhe tivesse perguntado nada sobre o ex-presidente. Perguntado sobre a tramitação da Medida Provisória 471, em 2009, respondeu que foi absolutamente normal, para em seguida dizer que teria conversado sobre isso com Lula e com Luís Cláudio, quatro anos depois, e reforçou a ficção jornalística que deu início ao processo.
Interrogado pela defesa de Lula, Palocci foi obrigado pelo juiz a responder que não há testemunhas das supostas conversas que narrou, nem com Lula nem com Luís Cláudio. E teve de confirmar que sua falsa acusação faz parte da delação negociada com a Lava Jato. Ou seja: é uma testemunha que depõe com interesse próprio, pois pode perder os benefícios se não for comprovada a delação.
Palocci não tem credibilidade para acusar Lula nem ninguém. Seus depoimentos e delações servem à caçada que setores do sistema judicial movem contra Lula e o PT, em conluio com a grande mídia, e em sintonia com Jair Bolsonaro.
Comissão Executiva Nacional do PT
São Paulo, 6 de dezembro de 2018
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