Desistência aumenta preocupação com a saída dos profissionais cubanos e desmente anúncio do governo que havia comemorado preenchimento de todas as vagas
Pouco mais de uma semana após o governo golpista anunciar o preenchimento de quase 100% das vagas deixadas pelos cubanos no Mais Médicos, cerca de 200 profissionais brasileiros que se inscreveram no programa já desistiram do cargo.
A notícia, anunciada pelo próprio Ministério da Saúde, só aumenta a preocupação com as populações mais carentes do país, antes assistidas pelos profissionais caribenhos e agora entregues à sorte pelas mãos de Temer com o aval do presidente eleito Jair Bolsonaro – causa da saída dos médicos da Ilha do programa.
A lista de desistência pode ficar ainda maior até o próximo dia 14 de dezembro, data limite para que os médicos que se inscreveram para as vagas confirmem o interesse. Até agora, das 8.405 vagas abertas, apenas 3.276 inscritos já haviam se apresentado ou iniciado o trabalho.
De acordo com a pasta, os motivos alegados pelos médicos brasileiros vão de incompatibilidade de horário com outras atividades, outras propostas de emprego, problemas pessoais e início de residência médica. No entanto, o desinteresse dos profissionais brasileiros vem de longa data. De acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, metade dos médicos do país (54%) que participaram do programa entre 2013 e 2017 desistiram do emprego em até um ano e meio. O contrato prevê três anos de trabalho.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Agência Brasil e Folha de S. Paulo
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