Defesa da classe trabalhadora e dos agricultores e agricultoras familiares é foco da entidade, que integra resistência à Bolsonaro
O plano de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, foi aprovado por apenas 39,24% da população brasileira. Outros 60,76% votaram no projeto democrático popular de Fernando Haddad, o candidato do PT, ou preferiram votar em branco anular ou se abster.
Diante cenário, a direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) avalia que são grandes os desafios e riscos a partir da implementação de um plano que ainda não é de conhecimento da maioria da população, inclusive porque o presidente eleito não participou de debates e não se posicionou sobre questões centrais e estruturantes para o desenvolvimento do país e para a superação da crise econômica brasileira.
Ao avaliar as poucas propostas divulgadas por Bolsonaro e seus apoiadores, a Contag alerta para os riscos à democracia, à soberania nacional, aos direitos fundamentais para a classe trabalhadora e para a maioria do povo brasileiro, que sempre pautaram as lutas históricas da entidade.
Durante toda a campanha eleitoral a ultra-direita representada por Bolsonaro explicitou o racismo, a incitação à violência, o machismo, a homofobia e tantos outros retrocessos, desconsiderando o país plural que é o Brasil, diz nota no site da Contag.
“E nós, da Contag, nos preocupamos com essa postura no Executivo e no Legislativo brasileiro, pois representamos os agricultores e agricultoras familiares de todas as regiões, de todas as cores, culturas, credos e opiniões políticas”, diz trecho da nota.
Para garantir os direitos da classe trabalhadora, em especial dos assalariados e assalariadas rurais, de lutar pela reforma agrária e pelo fortalecimento da agricultura familiar, a Contag promete fortalecer o diálogo com a sua base e com as organizações que compõem a Frente Ampla Popular e Democrática para aprofundar a luta das pautas sociais, ambientais e trabalhistas e combater qualquer tipo de retrocesso.
“Como disse Pepe Mujica, ‘não há derrota definitiva, nem triunfo definitivo. A vida é uma luta permanente com avanços e retrocessos’”, conclui a nota da Contag.
Da redação da Agência PT de notícias
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