Peritos Criminais apoiam propostas de segurança pública de Haddad

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais afirmou que a postura de Haddad na área de segurança só tem a oferecer ganhos para a sociedade

 

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) manifestou apoio ao candidato à presidência pela coligação “O Povo Feliz de Novo”, Fernando Haddad, em encontro realizado na última sexta-feira (28), em Goiânia (GO). Representando o presidente da entidade Marcos Camargo, o diretor parlamentar Henrique Queiroz e Rafael Corradi, relações governamentais da associação, entregaram um documento com propostas a Haddad.

Os representantes da APCF afirmaram que “a postura e o discurso do candidato Haddad na área de segurança, com valorização da ciência e da tecnologia para combater crimes, convergem com a visão dos peritos federais, e a sociedade brasileira só tem a ganhar”. A associação também enviou suas propostas para os outros presidenciáveis. Segundo os peritos, “em um momento eleitoral de muita polarização e emoção, é importante que o foco seja nos aspectos técnicos das propostas que vierem trazer benefício real para o Brasil”.

De acordo com eles, esse encontro com Haddad é fruto sobretudo das propostas que ele tem apresentado em entrevistas à imprensa para a área de segurança pública, em que há um compromisso com a valorização da ciência e da inteligência estratégica como modo de combate ao crime.

Um exemplo é o que o candidato tem dito a respeito da grande quantidade de prisões realizadas no país, porém, para crimes menores. Numa população carcerária de 730 mil presos, a maioria está cumprindo pena por furto, pequenos delitos e tráfico de pequeno porte. Enquanto crimes que exigem investigação, como homicídios, feminicídios e estupros, têm um índice de resolução baixíssimo, não chegando a 10%.

Os representantes dos Peritos Criminais Federais afirmaram na reunião que a defesa que Haddad faz do banco de dados de DNA é também de importância vital para a área. Sancionada em 2012, a lei de identificação criminal por perfil genético exige que todo condenado no Brasil tenha seu perfil genético cadastrado no banco de dados de DNA, mas ela não tem sido cumprida.

Eles contaram o caso de Israel Oliveira Pacheco, que está preso há 10 anos no Rio Grande do Sul, em razão do testemunho de uma pessoa. “Nesta semana, o STF dá andamento ao julgamento deste caso. Já temos dois votos a favor da soltura de Israel, o que significa dizer que estamos prestes a admitir que um homem ficou detido sete anos injustamente”, conta Henrique Queiroz, que completa: “o banco de perfis genéticos não serve apenas para colocar criminosos atrás das grades, mas principalmente para poder proteger inocentes”.

Quanto ao combate a facções criminosas, os representantes da Associação afirmam que o uso eficiente de verba pública defendido por Haddad converge com o desejo dos peritos criminais. “Hoje, o sujeito de baixa periculosidade que é preso com um mínimo de droga fica na mesma cela do chefe do tráfico e isso faz com a facção criminosa crie escola e aumente”, lembraram

Pra os Peritos Criminais Federais, “se o Brasil investir mais no combate ao crime, com tecnologia, ciência e inteligência estratégica, o país vai ganhar mais do que se investir em armamento”.

Por lula.com.br

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