Documento elaborado por mulheres de movimentos populares e de partidos da coligação petista reitera apoio à chapa presidencial
Mulheres de diferentes movimentos populares que formam o Comitê Nacional em Apoio a Fernando Haddad e Manuela D’Ávila lançaram na terça-feira (25) o manifesto ‘Primavera das Mulheres’ em apoio à chapa presidencial encabeçada pelo PT. O documento apresenta os retrocessos impulsionados pelo governo golpista, denuncia a prisão política do ex-presidente Lula e reafirma a luta das mulheres em defesa da democracia e do projeto de governo que propõe uma uma vida sem violência e com igualdade de direitos e oportunidades para todas as mulheres.
Manifesto Primavera das Mulheres
Mulheres com Lula, Haddad e Manu
São tempos difíceis, é verdade. Altas taxas de desemprego, o gás de cozinha aumentou. A jovem democracia brasileira foi interrompida. Michel Temer e um consórcio golpista tomaram nosso país de assalto para implementar um pacote de maldades, retiram direitos da classe trabalhadora, dificultando ainda mais a vida as mulheres. Sobretudo, das mulheres negras e periféricas. Medidas como a aprovação da EC 95, que congela investimentos em saúde e educação por 20 anos, demonstra a falta de compromisso das elites com o povo do país. Vivemos num Estado de Exceção. Eles prenderam o maior líder político do país, sem provas, Luiz Inácio LULA da Silva. Querem aprisionar nossos sonhos. E calar a nossa voz.
Mas, somos mulheres, sinônimo de resistência e luta. Somos diversas e de todas as regiões do país, da cidade, do campo, da floresta e das águas. Nessas eleições nosso voto será decisivo para resgatar a esperança e a felicidade do povo brasileiro. Somos a maioria da população e vamos virar o jogo! Juntas, com Haddad e Manuela, vamos derrotar o ódio, a intolerância, o fascismo, retomar a democracia e o caminho do desenvolvimento e geração de empregos.
Nos governos Lula e Dilma a vida das mulheres mudou. Foram muitos os programas criados para melhorar a nossa vida, como o “ Bolsa Família”, maior programa de transferência de renda do mundo. Realizamos o sonho da casa própria, com o “ Minha Casa Minha Vida” e o acesso à luz, com o “ Luz para Todos”. Haddad e Manu retomarão e ampliarão esses programas.
Conquistamos a valorização do salário mínimo, e houve geração de emprego, trabalho e renda que ajudaram a construir a autonomia econômica das mulheres, como a regulamentação do trabalho doméstico, aliado ao investimento real em creches, em benefício das crianças e das mães. Na educação não foi diferente, o ProUni, REUNI e Ciências sem Fronteiras beneficiaram sobretudo, as mulheres. Tudo isso foi regar o nosso desabrochar enquanto mulheres e cidadãs, que Haddad e Manu vão voltar a fortalecer.
Conquistamos a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, e importantes políticas públicas de combate a violência contra as meninas e mulheres e a cultura do estupro. Haddad e Manu vão retomar o Pacto de Combate à Violência, completando a implementação da “Casa da Casa da Mulher Brasileira”, retomando o Disque 180 e as Unidades Móveis de Enfrentamento à Violência para as mulheres que vivem no campo. Cerca de dois milhões de mulheres do campo tiveram acesso a documentos de identidade, passando a existir oficialmente como cidadãs, além das terras da reforma agrária constar em seu nome, com a titulação conjunta.
Eles, os golpistas, que estão no poder são contra tudo isso. E, há uma turma ainda pior. Segundo o IPEA, 40% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, mães e avós. E eles acham que esses lares são “fábricas de desajustados”, defendem que as mulheres ganhem menos que os homens ocupando as mesmas funções, simplesmente porque podemos engravidar. Semeiam o ódio, a violência contra cada uma de nós, e ameaçam a nossas vidas e liberdade de amar. O que está em jogo nas nossas vidas pode ser drasticamente piorado nas próximas eleições com essa turma que se apresenta em nome da família e da ordem.
Não abriremos mão do nosso futuro. Uma vida sem violência e com igualdade de direitos e oportunidades é um direito de todas as mulheres. Queremos igualdade salarial, que o trabalho de cuidados seja responsabilidade de todos e garantido pelo Estado; que o respeito à diversidade seja pressuposto da democracia. Queremos um país em que sejamos respeitadas como cidadãs de direitos e protagonistas da nossa própria história.
Nós, mulheres, estamos unidas para lutar pelos nossos sonhos e pelo bem viver. A Primavera das Mulheres está chegando. Somos milhões e seguiremos florescendo, nas ruas e urnas.
No dia 7 de outubro, votaremos 13. É Haddad e Manuela! “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera”.
Por Redação da Comunicação Elas por Elas
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