William Bonner e Renata Vasconcelos, demonstraram, ao conduzirem a entrevista com o candidato Fernando Haddad no Jornal Nacional, que estão longe de praticar jornalismo na verdadeira acepção da palavra. Fica evidente que cumprem uma missão, provavelmente determinada pela família Marinho.
O casal que apresenta o noticiário interrompeu inúmeras vezes o entrevistado, numa forma clara de tentar impedir o seguimento de seu raciocínio. Com isso, também impediram que Haddad apresentasse suas propostas, que são do preso político Luiz Inácio Lula da Silva, que a família Marinho se esforça em combater.
Em um determinado momento, Bonner não escondeu sua contrariedade quando o candidato lembrou que a Globo estava sendo investigada na Justiça, o que não quer dizer que ela pode ser acusada de antemão. Haddad desarmou a Globo, que é useira e vezeira de apresentar em seu noticiário políticos também investigados, sobretudo os do PT, como se fossem de antemão culpados.
A entrevista no JN remete a um tema que dificilmente aparecerá nos debates, qual seja, o da democratização dos meios de comunicação, um quesito importante para a verdadeira democracia. As poucas famílias controladoras dos meios de comunicação evitam o aparecimento do tema nos debates. E quando a questão entra em cena, se voltam, de forma raivosa, com mentiras do tipo que os defensores da democratização querem censurar, quando acontece exatamente o contrário.
Para o avanço da democracia no Brasil é necessário que o tema democratização dos meios de comunicação seja debatido, para que a opinião pública seja informada, sem subterfúgios. Se isso não acontecer, o panorama seguirá como o atual e nas próximas eleições ocorrerão as mesmas aberrações como a acontecida no Jornal Nacional com Haddad e mesmo com outros candidatos que não rezam pela cartilha da família Marinho.
Em suma, está na hora do Brasil conhecer verdadeiramente o que é democracia, porque do jeito como caminham as entrevistas da campanha eleitoral de 2018 na mídia comercial estamos longe desse ideal.
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