A 21ª edição da Parada do Orgulho LGBTS de Brasília reuniu cerca de 80 mil pessoas na tarde/noite de domingo, 1º de julho, em passeata que partiu da frente do Congresso Nacional em direção à Câmara Legislativa do DF, passando pelo Palácio do Buriti.
O ato fechou a série de atividades do Festival Brasília Orgulho inaugurado este ano para celebração do 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBT. Em seus 15 dias de programação, o festival incluiu exibição de filmes LGBT, entrega de prêmio de direitos humanos, encontro esportivo e debates, entre outras iniciativas.
“A Parada do Orgulho já se tornou a maior manifestação por direitos humanos e por liberdade em Brasília e expressa a crescente mobilização da comunidade LGBT no Distrito Federal e no país”, diz o presidente do Conselho Distrital dos Direitos Humanos e coordenador do Setorial de Direitos Humanos do PT-DF, Michel Platini, um dos organizadores do evento.
Com o tema LGBT e Política Sim, a Parada do Orgulho LGBTS de Brasília destacou a importância do voto para a eleição de pessoas comprometidas com a defesa dos direitos humanos e com a luta por respeito à diversidade.
“Estamos alertando para a necessidade de participação da comunidade LGBT nas eleições. Precisamos comparecer às urnas e escolher quem nos representa. Não vamos votar nulo e nem em branco, porque temos nossas próprias candidaturas e também candidatos simpatizantes e aliados de nossas causas”, diz Platini.
Ao se dirigir à comunidade LGBTS no ato de encerramento da 21ª Parada do Orgulho de Brasília, a deputada federal e presidenta do PT-DF, Erika Kokay, comemorou o avanço do movimento por liberdade e respeito aos direitos humanos no Distrito Federal. “Estive na primeira Parada do Orgulho há cerca de 20 anos, éramos 100, 200, 300… Surgia ali um movimento que fundamentalismo nenhum conseguiu barrar. Hoje somos milhares, num movimento de sair do armário, de afetividade livre, de orgulho de ser como se é”, frisou a parlamentar.
Em nome da liberdade, Erika Kokay disse também que não é possível aceitar a ruptura democrática que prende um inocente e o transforma em preso político, como no caso do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. E o público fez então ecoar pela Esplanada dos Ministérios o grito por Lula livre.
Pesquisa
Michel Platini conta que durante o Festival Brasília Orgulho foi apresentada uma pesquisa sobre o universo LGBT para a qual foram feitas mais de 300 entrevistas no Distrito Federal.
Pelo levantamento, segundo ele, a comunidade LGBTS do DF manifesta disposição de expressar sua força nas eleições deste ano, sendo que 97% dos entrevistados afirmam que votarão em candidatos LGBT ou simpatizantes comprometidos com o movimento.
O potencial político do segmento pode ser avaliado também por seu contingente. Segundo Platini, entre o público LGBTS no DF há pelo menos 300 mil eleitores.
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