Mesmo em meio aos contratempos, os trabalhadores eletricitários encerraram, nesta quarta (13), a paralisação de 72h de cabeça erguida e com a certeza de estarem lutando pela coisa certa: a Eletrobras como empresa pública e a serviço da sociedade. O movimento, que teve início na segunda (11), contou com várias atividades, além de participações em audiências públicas e agendas com parlamentares.
Na avaliação da dirigente do Stiu-DF ─ sindicato que representa a categoria─, Fabíola Antezana, o movimento foi bastante exitoso. “Foi um movimento grande, com bastante adesão da categoria que está ciente de todos os prejuízos que virão com a privatização da Eletrobras. Além disso, tivemos muito apoio de outros trabalhadores, de parlamentares e até mesmo da sociedade”, avaliou.
A paralisação teve a legalidade decretada pela Justiça que, em contrapartida, exigiu que 75% do efetivo retornasse aos postos de trabalho. Enquanto em alguns estados os trabalhadores optaram pelo encerramento da paralisação, em Brasília, o movimento seguiu firme. Nesse período de paralisação, a categoria convocou também um twitaço, realizado na terça (12), além de ter conseguido uma importante reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Segundo Fabíola, “agora, a categoria continuará a mobilização dentro e fora do Congresso até que a privatização da Eletrobras saia de pauta”.
Privatização prejudica população rural e periferias
Em entrevista concedida à Rádio Brasil de Fato, o vice-presidente da Federação Nacional dos Eletricitários, Nailor Gato explicou que a privatização da Eletrobras traz prejuízos ao mais pobres, já que significa o fim de programas como o Luz para Todos.
“O Luz Para Todos é um dos programas mais importantes, inclusive, foi colocado na época (de implantação) como um dos maiores de distribuição de renda. Por exemplo, no meio rural, você consegue conservar a produção para vender este produto no fim de semana nas feiras e no mercado, e mantém o homem rural produzindo para quem mora na cidade. No texto da medida provisória (da privatização) está previsto acabar com os subsídios nesta área e quem vai ser penalizado é o homem rural, as periferias das cidades”.
Fonte: CUT Brasília.
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