O ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, prestou depoimento por videoconferência, nesta terça-feira (5/6), à Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classificou a participação de Duran no colegiado como um choque de verdade.
Duran disse que seu direito de defesa vem sendo cerceado no Brasil e que o juiz Sérgio Moro age ao arrepio da Constituição, da Lei Orgânica da Magistratura, do Código Penal e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Moro tem se negado a ouvir Duran, pois o advogado denunciou um suposto esquema de pagamento de propinas em troca de melhorias em delações premiadas negociadas em Curitiba. O ex-advogado também questionou a veracidade de provas apresentadas pela empreiteira a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay – utilizados pela operação.
Duran voltou a afirmar que um amigo de Moro (Carlos Zucolotto, advogado que já foi sócio de Rosangela Wolff Moro) teria cobrado mais de US$ 5 milhões por fora para beneficiar o acordo de delação de Duran com procuradores liderados por Deltan Dallagnol.
Erika disse que o depoimento de Duran confirma que a Lava Jato é uma farsa. A deputada afirmou que a operação foi utilizada para perseguir politicamente Luís Inácio Lula da Silva e o projeto político representado pelo Partido dos Trabalhadores. Erika listou as inúmeras ilegalidades cometidas por Moro no decorrer da operação e defendeu que as gravíssimas denúncias feitas por Tacla devem ser investigadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e enviada a organismos internacionais. Confira trecho da fala.
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