Presidenta eleita do Brasil e ex-presidente falaram sobre a crise a que chegou o país em virtude dos erros do governo golpista frente à Petrobras
o ex-presidente Lula nesta quinta-feira (31) na sede da Polícia Federal em Curitiba e, depois, contou aos jornalistas que Lula está muito preocupado com “o tamanho do desastre que é a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras sob o governo Temer”.
De acordo com ela, Lula não vê lógica na política de preços dos combustíveis encampada pelos que dirigem a Petrobras atualmente:”Houve um grande esforço de nossos governos para transformar o petróleo do nosso Pré-sal em uma riqueza para os brasileiros. Além disso, houve um esforço muito grande para alcançarmos a autossuficiência na produção. Agora, querem atrelar o preço do nosso petróleo ao do mercado internacional. Por que fazem isso? Porque isso é uma reivindicação dos acionistas da Petrobras. Mas esses são os acionistas minoritários, porque o acionista majoritário é o Brasil, são os brasileiros. Qual é a lógica de defender os acionistas minoritários e não os majoritários?”
Também de acordo com Dilma, a simples defesa do livre mercado não justifica aceitar bovinamente o preço internacional do barril para determinar tarifas praticadas nacionalmente. Porque o preço mundial do petróleo é determinado conjunturas políticas internacionais, tensões em zonas de conflitos e bloqueios econômicos, e não no livre mercado.
Os ajustes nas taxas de juros norte-americanos, que fazem com que com que o dólar suba, configuram outra justificativa para que o “petróleo brasileiro não seja dolarizado”, afirmou Dilma.
A presidenta ainda criticou “o processo de privatização do refino”, o que levaria o Brasil ao papel de “republiqueta”, que produz material bruto e adquire material processado.
Dilma contou ainda que Lula está indignado com a injustiça de sua prisão política e que é se lembrando de feitos importantes realizados no governo do PT, como a exploração do pré-sal e a “ampliação das refinarias”, que se mantém confiante no restabelecimento da democracia no Brasil.
Por Vinícius Segalla, da Agência de Notícias do PT, em Curitiba
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