Ladeira abaixo… assim caminha a educação pública no Distrito Federal. O noticiário local dos últimos dias deu conta de que, no período 2015-2017, (des)governado por Rodrigo Rollemberg, do PSB, os investimentos em educação despencaram 44,9%, comparativamente ao quadriênio 2011-2014, administrado por Agnelo Queiroz, do Partido dos Trabalhadores.
Já em primeira análise, essas cifras não deixam dúvidas quanto ao protagonismo da educação em um e em outro projetos políticos.
De acordo com o Sistema Integrado de Gestão Governamental (SIGGO), já nos primeiros três anos do governo petista, o empenho liquidado para obras, instalações e aquisição de equipamentos foi na ordem de R$ 121,5 milhões. A partir de 2015, entretanto, os valores empenhados entraram em queda livre, chegando à lamentável marca de R$ 67,5 milhões em 2017.
Governos comprometidos com a justiça social, com as relações democráticas, com a emancipação dos sujeitos em relação ao cárcere hegemônico da ignorância, elevam a educação ao patamar da prioridade, conscientes de que é ela o principal instrumento de promoção da igualdade de direitos, de eliminação da pobreza, de exercício de cidadania.
Do lado avesso, governos comprometidos com a manutenção da pirâmide social e econômica que desvela o abismo entre ricos e pobres, com a comercialização dos serviços públicos e a desresponsabilização do estado em relação às necessidades de seus cidadãos, com a supressão de direitos da classe trabalhadora, com a ditadura do capital, igualmente conscientes do poder revolucionário que a educação evoca, a sentenciam à morte… por desmonte… silencioso e devastador.
Mas como contra fatos não há argumentos, não são apenas os montantes investidos ou desinvestidos que expressam as intenções de governantes e seus projetos. A qualidade dos gastos denuncia o que está para além da retórica. Alguns números gritam e confrontá-los é uma questão medular.
O simbólico desmaio por fome, ganha ainda mais significado quando associado ao tratamento dado por Rollemberg aos profissionais e estudantes que ousam reivindicar seus direitos… A violência policial tem sido a resposta corriqueira do governo às manifestações pela educação. Diante de sua incapacidade para o diálogo e para o reconhecimento do estado democrático de direito, prefere a truculência das armas, das bombas, das tropas de choque; quando não da censura.
O descaso orçamentário e o desprezo pelo humano se tornaram marca registrada de Rollemebrg e justificam sua escolha por um governo para alguns, pela política de estado mínimo, pela manutenção de privilégios das elites, pela opressão à classe trabalhadora. Não por acaso uma de suas primeiras medidas no cargo, foi batizar a gestão com o slogan “Governo de Brasília”, descartando o inclusivo “Governo do Distrito Federal”. Nem as gestões mais coronelescas foram tão insolentes. Emblemático!
Mas, como no mundo real não há espaço para ilhas da fantasia, a república de Rollemberg segue ladeira abaixo, desgovernada…
Por uma educação libertadora, laica e democrática!
Lula Livre!
Lula 2018!
Eleição sem Lula é fraude!
*Olga Freitas é coordenadora do Setorial de Educação PT DF, integra a CAED PT e professora da Secretaria de Educação do DF, além de professora universitária
Leia o artigo completo no link: Olga Freitas – Assim caminha a educação na República de Rollemberg
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