Do Portal 247
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classificou como “um escárnio” a foto tirada por Sergio Moro ao lado do ex-prefeito e pré-candidato João Doria, do PSDB, em um evento em Nova York, onde o juiz da Lava Jato recebeu o prêmio “Pessoa do Ano” e também foi alvo de protestos do lado de fora.
Em declaração ao 247, a parlamentar diz que “causa estranheza termos empresas estadunidenses premiando um juiz brasileiro, quando nós sabemos que o golpe tantas vezes vestiu toga e que o golpe tem favorecido particularmente empresas estadunidenses. Então isso talvez seja uma demonstração muito clara das relações de Moro com os interesses de empresas estadunidenses”.
“A história de Sergio Moro é uma história que fere cotidianamente o código de ética da magistratura, primeiro por sua busca incessante de holofotes, segundo porque diversas vezes ele rompeu a Constituição. Terceiro porque é um juiz que não mantém sua imparcialidade, não mantém sua condição de julgar com justiça, quando se submete a ser agraciado ao lado de políticos, que representam posições políticas e que aliás têm sido beneficiados com as decisões de Moro”, comenta ainda.
Para ela, esse episódio “mostra quem é Sergio Moro de fato”. “A Lava Jato tem contribuído muito pouco com o combate à corrupção, porque tem mostrado seletividade e trabalha com a reedição de tortura para arrancar confissões, e a partir daí se cria um manto de impunidade – uma vez que sentenças altíssimas são reduzidas a pó”, diz Erika Kokay.
Ela conclui afirmando que, “muitas vezes a história demora para chegar, mas ela ainda vai chegar e vai mostrar para esse país o que representa Sergio Moro, as suas mesuras com relação ao capital internacional, aos empresários estadunidenses e em relação a uma elite que dominou esse país”.
A parlamentar faz também críticas à imprensa que exalta a imagem de Sergio Moro: “é lamentável que haja uma construção por uma mídia que é um aparelho ideológico de estado de heróis imaginários. Heróis que representam a destruição de uma Justiça que o Brasil demorou muito tempo para rascunhar”. A imprensa, segundo ela, “coloca como herói nacional um grande destruidor de estado de direitos”.
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