É preciso superar a ideia de termos o serviço público como força motriz da economia do Distrito Federal, a estagnação econômica que vivemos, com baixíssimos índices de crescimento é consequência e responsabilidade desta ideia. Precisamos propor a sociedade um projeto desenvolvimentista e sustentável, que apresente resultados concretos no curto, médio e longo prazo, pense a cidade planejada atualizando suas aspirações, adequando a Capital a realidade mundial dos grandes centros de poder, incluindo a mobilidade urbana conectada a vida cultura, grandes eventos e mercado de trabalho que absorva a demanda estática da cidade, sem contar um plano estratégico de gestão hídrica e energética que absorva o crescimento proposto.
Temos aptidão para sermos um polo tecnológico e industrial de insumos farmacêuticos, agrícola e digital, sem contar no grande salto oportunizado pelo setor de serviços, concentrado na Capital, como em qualquer lugar do mundo para atender as grandes e pequenas demandas do Governo, que hoje, giram entorno de um mercado empresarial viciado, terceirizado e promíscuo. É necessário à esquerda brasiliense, principalmente o partido dos trabalhadores superar a agenda cansada e ultrapassada deste modelo econômico que gira entorno do serviço público, desde o mercado interno pelo consumo diário, dos setores gastronômicos, automobilístico, aquisição de imóveis ou qualquer que seja a absorção financeira por parte do Estado no recolhimento de impostos. É preciso repensar a cidade, seu modelo organizacional e social e sairmos do marasmo do discurso fácil e sem reflexão consequente, se nos mantivermos nesta linha, além do serviço público não suportar mais a demanda econômica da cidade, seremos ultrapassados pela história.
Fernando Neto
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